DEVOCIONAL DIÁRIO 12\03\2023 A PAZ CONCEDIDA POR DESCANSARMOS NOS PROPÓSITOS DE DEUS
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
12\03\2023
TÍTULO
A PAZ CONCEDIDA POR DESCANSARMOS NOS
PROPÓSITOS DE DEUS
TEXTO
A experiência
relatada pelo salmista no Salmo 42 é comum a todos os filhos de Deus neste
mundo, acossados por seus inimigos, enquanto provam de íntimas provações que
podem perturba-los violentamente, “Por que estás abatida, ó minha alma,
e por que te perturbas em mim?” (Salmo 42.5), queixa-se o
salmista. Quando olhamos para a vida de vultos da fé bíblica como o patriarca
Abraão, somos tentados a pensar que tais circunstâncias amargas não podem estar
presentes em um homem tão marcado pelas suas experiências com Deus. Porém não é
assim que se sucede, pois também Abraão provou de intensas inquietações
provocadas muitas delas dentro de seu próprio lar, como é o caso citado no
capítulo 21 do livro de Gênesis, quando devido a uma má interpretação do
comportamento de Ismael para com o ainda infante Isaque, Sara exigiu que Abraão
expulsasse de sua casa seu filho legítimo junto com sua mão, Agar. O verso onze
descreve muito bem a reação de Abraão “E pareceu esta
palavra muito má aos olhos de Abraão, por causa de seu filho” (Gênesis 21.11).
O desenrolar deste acontecimento pode
parecer estranho aos ouvidos menos atentos, pois foi exatamente aquilo que sua
esposa Sara exigiu que Abraão acabou por fazer. Porém, há uma razão muito clara
para isso, pois o próprio Deus interviu nesta questão familiar, dizendo a
Abraão “Não te pareça mal aos teus olhos acerca do moço e acerca da tua serva;
em tudo o que Sara te diz, ouve a sua voz” (Gênesis 21.12). O
que nos chama a atenção neste texto é que não somente Deus fez com que Abraão
realizasse o desejo da iracunda Sara, como, principalmente, o Senhor fez Abraão
saber a justificativa pela qual ele deveria permitir que isto ocorresse “Mas
também do filho desta serva farei uma nação, porquanto é tua
descendência” (Gênesis 21.13). O que Deus apresentou a Abraão de forma a
convence-lo que aquela atitude, por mais difícil que fosse, seria a melhor? Seu
propósito. Ismael não seria desamparado, havia ainda o propósito de Deus a ser
cumprido em sua vida.
A
palavra propósito como usada na Bíblia tem a ideia de estabelecer antes. Um
propósito é uma meta a ser alcançada, neste caso enfatizando o interesse
pessoal de Deus em fazer determinada questão acontecer. No caso de Ismael, o
propósito revelado de Deus era fazer também dele uma grande nação, o que
realmente se cumpriu, conforme descrito em Gênesis capítulo 25 “Estes são os filhos de Ismael, e
estes são os seus nomes pelas suas vilas e pelos seus castelos;
doze príncipes segundo as suas famílias” (Gênesis
25.16). Reconhecer o propósito de Deus para com seu filho concedeu a Abraão a
paz em uma decisão extremamente penosa, deixar ir seu filho legítimo, o que era
mal visto até mesmo pelos homens ímpios daquele lugar.
Reconheçamos que os salvos de nossos dias também são acossados por
perturbações que podem lhes parecer injustas ou sem significado. Porém é
importante recordarmos que também em relação aos cristãos Deus tem revelado seu
propósito a fim de que provem do descanso por ele propiciado. Ao escrever a
Timóteo o apóstolo Paulo o encoraja revelando este propósito “não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e
graça que nos foi dada em Cristo Jesus” (2 Timóteo 1.9). Ao escrever aos salvos em Roma, o apóstolo lhes
fortalece em meio as lutas através do conhecimento dos propósitos de Deus “E
sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem
daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos
8.28).
Devem os salvos reconhecer que suas vidas não são governadas pelo caos ou
pelo acaso, mas pelos eternos e poderosos propósitos de Deus, como bem
reconheceu Jó “Bem sei eu que tudo podes, e que
nenhum dos teus propósitos pode ser impedido” (Jó 42.2). Portanto, tranquilize seu coração, nosso Deus tem
um propósito em todas as coisas.
“Muitas são as
aflições do justo, mas o Senhor o
livra de todas” (Salmo
34.19)
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