DEVOCIONAL DIÁRIO 15\03\2023 O FRUTO DA COMPAIXÃO E O RESULTADO DA IMPIEDADE
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
15\03\2023
TÍTULO
O FRUTO DA COMPAIXÃO E O RESULTADO DA
IMPIEDADE
TEXTO
O quadragésimo primeiro
Salmo é listado entre os quase sessenta classificados como salmos de
lamentação, nos quais encontramos por parte do salmista um clamor a Deus por
socorro diante do ataque de inimigos que tanto podem ser povos hostis como
pessoas de seu próprio convívio, assim como enfermidades e calamidades. Neste
Salmo em particular os falsos amigos são a causa das dificuldades enfrentadas
pelo salmista, ocasião oportuna para que seu povo seja instruído a respeito das
bençãos do auxílio ao próximo, bem como do castigo daqueles que buscam o mal de
seu semelhante.
A questão quanto ao
exercício de misericórdia para com o próximo dá o tom de início do Salmo 40 ao
dizer “BEM-AVENTURADO é
aquele que atende ao pobre” (verso 1, primeira parte). A ética judaica sempre se mostrou favorável ao
auxílio em favor dos necessitados, sejam eles judeus ou estrangeiros em meio a
nação de Israel, sendo a razão deste apelo inicial por parte do salmista, ao
qual ele acrescenta uma preciosa promessa “... o Senhor o livrará no dia do mal...O Senhor o
livrará, e o conservará em vida” (versos 1,2), ou seja, aquilo que o homem plantou ele também colherá,
para seu próprio bem. A benção continua ao dizer que aquele que exerce
compaixão “... será abençoado na terra, e tu não o entregarás à vontade de
seus inimigos” (verso 2), mostrando que Deus estará ao seu lado,
demonstrando seu amor. E até em seu leito de enfermidade o homem misericordioso
provará da companhia do Senhor “O Senhor o
sustentará no leito da enfermidade; tu o restaurarás da sua cama de doença” (verso
3).
A lamentação do salmista é causada pela enfermidade que o assolava,
justificada pelo salmista por algum pecado pelo qual o Senhor o estava
castigando “Senhor,
tem piedade de mim; sara a minha alma, porque pequei contra ti” (verso 4). A enfermidade era acrescentada o
agouro de seus inimigos, que não poupavam o servo do Senhor “Os meus
inimigos falam mal de mim, dizendo: Quando morrerá ele, e
perecerá o seu nome?” (verso 5). A falsidade de seus inimigos era tamanha
que muitos o visitavam em seu leito de dores, porém o salmista conhecia o
coração deles “E, se algum deles vem me ver, fala coisas
vãs; no seu coração amontoa a maldade; saindo para fora, é disso que fala...dizendo: Uma doença má se lhe tem apegado;
e agora que está deitado, não se levantará mais” (versos 6 a 8). Para lamento do salmista, até
mesmo seus mais íntimos amigos participavam de seu desprezo, aumentando sua dor
“Até o meu próprio amigo íntimo, em quem eu tanto confiava,
que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar” (verso 9).
Como é característico dos salmos de lamentação, o salmista encerra seu
cântico louvando a Deus por seu fiel cuidado, “Porém tu, Senhor, tem piedade de mim, e levanta-me,
para que eu lhes dê o pago. Por isto conheço eu que tu me favoreces: que o meu inimigo não triunfa
de mim. Quanto a mim, tu me
sustentas na minha sinceridade, e me puseste diante da tua face para sempre” (versos 10 a 12). Devemos reconhecer que é
típico do pensamento judaico a questão da vingança contra seus inimigos, ao que
o Novo Testamento nos ensina que toda vingança pertence ao Senhor,
pelo que devemos deixar a questão em suas mãos. O enfermo foi curado, pelo que
seus inimigos não puderam mais regozijar-se de sua dor, por isso o salmo
termina em um tom de gratidão ao dizer “Bendito seja o Senhor Deus de Israel de século em
século. Amém e Amém” (versos 13).
Para o salmista o Senhor não podia ser comparado jamais com os falsos deuses
dos povos pagãos, pois somente Ele é o Deus de Israel.
Que este também seja nosso pensamento e louvor.
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