DEVOCIONAL DIÁRIO 19\03\2023 A AUTORIDADE DAS PALAVRAS DE JESUS CRISTO


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

19\03\2023

TÍTULO

A AUTORIDADE DAS PALAVRAS DE JESUS CRISTO

TEXTO

Os judeus do primeiro século provaram de um privilégio inigualável em qualquer aspecto, de ouvir pessoalmente e em primeira mão os ensinos benditos de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. Por mais que os evangelhos tentem nos descrever o que se passou entre eles, lhes é impossível relatar em palavras a simplicidade e poder do Filho de Deus revelando a vontade de seu Pai aos homens daquela geração. A descrição mais precisa que encontramos deste fato é relatada nos quatro evangelhos, usando sempre, à exceção de João, a mesma expressão, como nos diz Mateus “E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina; Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas” (Mateus 7.28,29). Jesus havia acabado de proferir seu sermão da montanha e, mesmo que a maior parte daqueles homens não tenham crido nEle, foram obrigados a reconhecer que havia algo no profeta nazareno que não podia ser visto nos líderes religiosos a que eles estavam acostumados a ouvir. Marcos e Lucas seguem a mesma direção, desta vez descrevendo o resultado do ensino de Jesus em um sábado na sinagoga em Cafarnaum “Entraram em Cafarnaum e, logo no sábado, indo ele à sinagoga, ali ensinava. E maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas” (Marcos 1.21,22 e Lucas 4.31,32).

Há duas formas de entendermos o espanto destes homens diante das palavras de Jesus. Primeiro, reconheçamos que o conteúdo de seu ensino sobrepujava em muito aquilo que aqueles homens já haviam ouvido de parte dos escribas e fariseus e de qualquer dos profetas do Velho Testamento. Jesus não veio simplesmente apresentar-lhes uma forma pela qual deveriam viver, mas sim que eles eram absolutamente incapazes de viver da forma que Deus exigia deles, como Jesus deixou claro no princípio de seu sermão Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus” (Mateus 5.20). Jesus demonstrou-lhes que um novo nascimento era necessário se eles realmente desejavam fazer parte do reino de Deus, assim como fizera ao dizer a Nicodemos “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3.3). A exigência do ensino de Jesus começava internamente, através de algo que apenas o Espírito Santo podia realizar. Mas há também uma segunda razão para o espanto daqueles homens, não somente o ensino de Jesus era assombroso, como a autoridade com a qual Ele transmitia seu ensino não podia ser encontrada nos demais homens, como descreveu Mateus “Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas” (Mateus 7.28,29).  A mesma palavra usada neste texto pode ser encontrada também ao final do mesmo evangelho, onde encontramos o próprio Senhor Jesus a nos dizer E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mateus 28.18), onde a palavra poder tem o significado de autoridade delegada. Porque aqueles homens em Jesus uma autoridade diferente daquela que viam nos escribas e fariseus? Porque Jesus lhes falava debaixo da autoridade concedida a Ele por Deus Pai, o que podia ser claramente reconhecido em todos os seus ensinos.

Finalmente, observemos que quando Jesus se dirigiu publicamente a nação de Israel durante a festa dos tabernáculos, os líderes judeus reconheceram que a única forma de deter o pregador galileu era lhe tirando a vida, razão pela qual enviaram seus servos para o deterem. Ao retornarem sem Jesus e serem questionados sobre a razão de não o ter detido, os servos respondem “Nunca homem algum falou assim como este homem” (João 7.46). Que esta seja também nossa convicção.

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