DEVOCIONAL DIÁRIO 23\03\2023 O AUTOEXAME DE NOSSA VIDA RELIGIOSA
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
23\03\2023
TÍTULO
O AUTOEXAME DE NOSSA VIDA RELIGIOSA
TEXTO
O amoroso cuidado
pastoral do Senhor Jesus para com as ovelhas não pastoreadas da casa de Israel
ia além do vigoroso ensino a respeito do reino de Deus, pois o Mestre abordava
também os muitos perigos espirituais que os cercavam, em especial os falsos
mestres e sua vã religiosidade. É por esta razão que encontramos tantas vezes
Jesus alertando seus discípulos a respeito dos escribas e fariseus e sua inútil
tradição religiosa, o que serve a nós também de alerta, uma vez que o mesmo que
se deu com aqueles homens é visto também em nosso tempo. Observemos, pois, as
razões pelas quais o Senhor Jesus reprovou a conduta daqueles homens, como
citado por Mateus no vigésimo terceiro capítulo de seu evangelho “Na cadeira de Moisés estão assentados os
escribas e fariseus. Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis,
observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com as suas obras,
pois dizem e não fazem” (Mateus 23.2,3).
Em primeiro lugar, Jesus
condenou a religião daqueles homens por se tratar de algo meramente externo,
como denunciado por Jesus neste mesmo capítulo do evangelho de Mateus “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes
aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas
interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. Assim também vós
exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de
hipocrisia e de iniquidade” (Mateus 23.27,28). A verdade de Deus jamais havia
adentrado aqueles corações, fazendo daqueles homens meros atores de sua própria
e inútil religião.
Jesus também reprovou a prática de colocarem seus
preceitos acima da vontade revelada por Deus em sua palavra, como também foi
registrado por Mateus “Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e
a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá. Mas vós dizeis: Qualquer
que disser ao pai ou à mãe: É oferta ao Senhor o que poderias aproveitar de
mim; esse não precisa honrar nem a seu pai nem a sua mãe, E assim invalidastes,
pela vossa tradição, o mandamento de Deus” (Mateus 15.4 a 6). Esta atitude
revelava o orgulho religioso daqueles homens, estabelecendo sua religiosidade
acima da palavra de Deus.
Outra denúncia feita por
Jesus a respeito da falsa religiosidade de escribas e fariseus dizia respeito a
devoção que manifestavam por regras religiosas que eles haviam incorporado a
lei do Velho Testamento, de tal forma que naquele período era difícil discernir
o que Deus havia falado da tradição que aqueles homens ensinavam “Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo se aproxima de
mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe
de mim. Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos
dos homens” (Mateus 15.7 a 9).
Finalmente, Jesus também os reprovou por sua
conduta de auto engrandecimento e pelo orgulho que manifestavam de seus feitos,
tão bem demonstrado na parábola contada por Jesus “E disse também está
parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e
desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro,
publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças
te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros;
nem ainda como este publicano” (Lucas 18.9 a 11).
Ao
ensinar seus discípulos, Jesus claramente os exortou “Porque vos digo que, se
a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum
entrareis no reino dos céus” (Mateus 5.20), demonstrando que a religião de Deus começa transformando
nosso interior e então manifestando-se em nossa vida exterior. Que cada um
saiba examinar a si mesmo, como bem o apóstolo Paulo nos ensinou “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós
mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não
é que já estais reprovados” (2 Coríntios
13.5).
Comentários
Postar um comentário