DEVOCIONAL DIÁRIO 24\03\2023 HOMENS QUE SEGUEM OS MESMOS PASSOS DE JUDAS ISCARIOTES
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
24\03\2023
TÍTULO
HOMENS QUE SEGUEM OS MESMOS PASSOS DE
JUDAS ISCARIOTES
TEXTO
São inúmeros os casos de
festas pagãs que, com o passar dos séculos, foram sendo incorporadas pelo
romanismo como forma de divulgação de suas doutrinas. O mesmo que ocorreu com
as chamadas festas juninas também se deu com o festejo pagão praticado pelos
romanistas no sábado que antecede a celebração da páscoa, a chamada malhação de
Judas, cuja origem remonta a povos europeus que festejavam as divindades
protetoras da fertilidade e da colheita quando se aproximava a chegada do verão
no hemisfério norte. Dela surgiu a manifestação religiosa com o propósito,
segundo a tradição romanista, de execrar o gesto infame de Judas Iscariotes ao
trair Jesus. Esta tradição foi introduzida no continente americano através de
espanhóis e portugueses e consiste de surrar um boneco do tamanho de um homem
enquanto este é levado pelas ruas, ateando fogo ao boneco ao final da
procissão. A ideia de fundo seria a vingança contra Judas pela sua traição,
que, após ser impiedosamente surrado e execrado, é finalmente queimado.
Diferente da vã tradição
religiosa romanista, o ensino da palavra de Deus a respeito de Judas Iscariotes
aponta para algo muito mais grave que sua traição, não resumida apenas a Judas,
mas a todos os seres humanos nascidos debaixo da maldição do pecado. Impactado
pela consequência de sua atitude, Judas retorna aos líderes religiosos com quem
havia negociado sua traição levando consigo as trinta moedas de prata recebidas
como pagamento por seu infame ato “Então Judas, o que o traíra, vendo que fora
condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos
sacerdotes e aos anciãos, Dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente” (Mateus 27.3,4). Diferente do que imaginava, sua
atitude não lhe concedeu o descanso que sua consciência requeria, levando-o a
atitude extrema “E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se
enforcar” (Mateus
27.5).
A lição que aprendemos ao
observar o desfecho trágico do drama de Judas Iscariotes diz respeito as
consequências causadas pelo remorso ao invés das bençãos produzidas pela
convicção do pecado. Mesmo que seus lábios tenham dito “Pequei”, admitindo seu
erro, o que
Judas temia não é a consequência do seu pecado, mas a vergonha e desonra que iria
sofrer devido a sua traição. Ao invés de encarar as
consequências ele prefere tirar a própria vida, admitindo seu erro, mas não
refazendo seus passos. Ao lanças as moedas aos pés dos líderes judaicos sua
intenção é livrar-se da culpa e vergonha de seu crime, e não de provar uma
verdadeira mudança de vida, o que concorda com o ensino do apóstolo Paulo aos
coríntios “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação,
da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte” (2 Coríntios 7.10).
A verdadeira e bíblica confissão
de pecados vai muito além de um pedido de desculpas, levando o ser humano
arrependido ao reconhecimento, reparação e abandono de seus antigos atos, o que
Judas não pretendia. Contrastando com a atitude do falso discípulo encontramos
Zaqueu e sua disposição ao encontrar Jesus, que, mesmo diante das acusações de
seus opositores, demonstra sua convicção através de sua atitude “E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor,
eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado
alguém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta
casa” (Lucas 19.8,9).
Aqueles que festejam o sábado
malhando um suposto Judas possivelmente se consideram inocentes da traição a
Jesus, porém o mesmo não pode ser dito quanto a verdadeira necessidade de
arrependimento. É mais fácil condenar um pecador conhecido do que arrepender-se
de seus próprios pecados escondidos. Que o Senhor nos livre de tal conduta.
Comentários
Postar um comentário