DEVOCIONAL DIÁRIO 29\03\2023 COMPAIXÃO
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
29\03\2023
TÍTULO
COMPAIXÃO
TEXTO
O leitor atento das
Escrituras encontra em ambos os testamentos bíblicos palavras usadas tanto no
hebraico quanto no grego que ressaltam a importância da atitude que descrevemos
como compaixão, compreendida em nossa língua materna como simpatia, ou empatia,
palavras que em si não carregam todo o significado daquilo que encontramos na
Bíblia. Eis aí a importância de nos aprofundarmos no conhecimento do uso
bíblico desta palavra.
Encontramos no Velho
Testamento a palavra compadecer-se como aquela que mais se aproxima do
significado de compaixão, usada 125 vezes pelos autores bíblicos. Quando o
Senhor faz saber seu nome a Moisés, ele a usa a fim de revelar seu intento “Eu farei passar
toda a minha bondade por diante de ti, e proclamarei o nome do Senhor diante de ti; e terei
misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me
compadecer” (Êxodo 33.19). É confiante na atitude compassiva de Deus
que o salmista dirige sua oração ao dizer “Lembra-te, Senhor,
das tuas misericórdias e das tuas benignidades, porque são desde
a eternidade” (Salmo 25.6). Encontramos
também o profeta Isaías profetizando que o Senhor se compadeceria de seu povo
após disciplina-los “Por um breve momento te deixei, mas
com grandes misericórdias te recolherei; com um pouco de ira escondi a minha face de ti por um momento; mas com
benignidade eterna me compadecerei de ti, diz o Senhor, o teu Redentor” (Isaías 54.7,8). A atitude de compadecer-se da nação escolhida, mesmo
diante de seus pecados, tornou-se uma das principais características do
Messias, que, infelizmente, os líderes judaicos em seu legalismo interpretaram
como um sinal de fraqueza, e não da misericórdia de
Deus.
Voltando
nossos olhos ao Novo Testamento voltamos a encontrar o Deus compassivo agindo
para com seu povo Israel, na citação do que fora dito a Moisés “Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e
terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia” (Romanos 9.15). Em resposta as profecias, o Messias é retratado nos
evangelhos demonstrando compaixão para com as multidões e para com aqueles que
sofrem, como registrou o evangelista Mateus “E, vendo as multidões, teve
grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que
não têm pastor” (Mateus 9.36). Retratando o ministério de Jesus como nosso
perfeito sumo sacerdote, o autor da epístola aos hebreus nos diz “Porque não
temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que,
como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hebreus 4.15). É notável a
grande ênfase dos autores neotestamentários a que os salvos em Cristo
demonstrem a mesma atitude para com aqueles que sofrem, como citado na mesma
epístola aos hebreus “Porque também vos compadecestes das minhas prisões, e
com alegria recebestes o roubo dos vossos bens, sabendo que em vós mesmos
tendes nos céus uma possessão melhor e permanente” (Hebreus 10.34). Ao
exortar os salvos o apóstolo Pedro usa a mesma palavra como um adjetivo, algo
que deve caracterizar a atitude dos salvos “E, finalmente, sede todos de um
mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente
misericordiosos e afáveis” (1 Pedro 3.8). Mas é em sua carta aos
colossenses que o apóstolo Paulo nos apresenta a real altura daquela que deve
ser a atitude que identifica os filhos de Deus “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas
de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; suportando-vos uns aos outros, e
perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como
Cristo vos perdoou, assim fazei vós também” (Colossenses 3.12,13). Um coração
misericordioso deve caracterizar todos aqueles que foram alvo da misericórdia
de Deus em Cristo.
A maior razão para demonstrarmos compaixão por nossos semelhantes é a
compaixão demonstrada por Deus a nós.
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