A APLICAÇÃO DOS PRECEITOS DE LEI, PRINCÍPIO E LIBERDADE NA VIDA CRISTÃO - DEVOCIONAL DIÁRIO 27\04\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
27\04\2023
TÍTULO
A APLICAÇÃO DOS PRECEITOS DE LEI,
PRINCÍPIO E LIBERDADE NA VIDA CRISTÃO
TEXTO
Todas as áreas da vida
cristã são governadas por três importantes imperativos bíblicos, de forma que
tudo o que nos é permitido ou não fazermos como cristãos encaixa-se dentro dos
parâmetros de uma destas três categorias: lei, princípio e liberdade. O entendimento destes parâmetros é de suma
importância na vida cristã, e faremos bem em entende-las.
Primeiramente,
é bom que entendamos a origem de cada um destes parâmetros. Lei e princípios
bíblicos se referem a tudo o que a palavra de Deus nos ensina de forma
definitiva através de imperativos e proibições claramente estabelecidos nas
Escrituras, ou seja, não deixando qualquer dúvida ou brecha quanto ao fato de
serem ações lícitas ou ilícitas. Tome como exemplo a norma estabelecida em
Êxodo 20.15 “Não furtarás” como um exemplo de lei bíblica, não havendo
margem alguma para dúvidas ou discussões quanto a pecaminosidade deste ato.
Esta lei bíblica clara dá origem a princípios bíblicos que podem também ser
aplicados a circunstâncias não mencionadas na Bíblia, como por exemplo quando
um cristão encontra uma bolsa perdida em um lugar público, sendo que, além de
valores e bens, esta bolsa contém também documentos que identifiquem seu
proprietário, possibilitando que a pessoa seja identificada e informada da
localização de seus pertences. Não há neste caso, por parte do cristão, o ato
consumado do furto, mas o princípio bíblico que não se deve furtar o norteia a
empreender todo esforço possível para que a bolsa seja devolvida a seu legítimo
proprietário, em uma ação pró ativa visando o bem do próximo.
Já
quando tratamos do princípio da liberdade cristã, nos referimos às áreas onde a
Bíblia não determina uma lei ou princípio a fim de nortear nossa ação. Neste
caso o uso da consciência assume um papel primordial, como reconhecido pelo
apóstolo Paulo “Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga
igual todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente” (Romanos 14.5).
A
liberdade bíblica não significa que possamos fazer o que bem desejarmos, mas
sim que temos a liberdade de realizar algo enquanto nossas ações estiverem em
harmonia com a revelação da vontade de Deus. Nossas ações não poderão subtrair
ou diminuir esta vontade, como nos é demonstrado na epístola de Paulo aos
coríntios “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém. Todas
as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (1 Coríntios 6.12).
Quando nos deparamos com
a aplicação destes parâmetros em nossa vida prática, devemos entender que leis e
princípios bíblicos são imutáveis, enquanto a liberdade bíblica pode variar de
acordo com as circunstâncias, ou seja, o que é melhor hoje pode não ser o
melhor amanhã. Por isso a liberdade bíblica pode ser classificada em três
categorias: o que é biblicamente melhor; o que é biblicamente aceitável e o que
é biblicamente tolerável. O fato
essencial quanto ao bom uso destes parâmetros é que sempre devemos levar em
conta o contexto em que nossas ações estão inseridas, caso contrário corremos o
risco de sermos levados a dois extremos perigosos. Um destes extremos chama-se
legalismo, que ocorre quando enxergamos apenas leis e princípios, mas ignoramos
a liberdade cristã, de forma que uma ação será sempre certa ou sempre errada.
No outro extremo encontramos a libertinagem, onde leis e princípios são ignorados
e apenas a liberdade cristã é aceita, levando o cristão a uma prática libertina
que trará prejuízo a ele e aos que o cercam.
Finalmente,
há ainda um princípio que norteia e se sobrepõe a todos estes. Sempre que
tivermos dúvidas quanto a atitude que devemos tomar, este princípio com certeza
nos ajudará a seguir o caminho certo “Portanto,
quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo pra a
glória de Deus” (1 Coríntios 10.31).
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