A GENEROSIDADE DE JESUS CRISTO - DEVOCIONAL DIÁRIO 16\04\2023


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

16\04\2023

TÍTULO

A GENEROSIDADE DE JESUS CRISTO

TEXTO

É bem conhecida dos leitores habituais das Sagradas Escrituras o registro efetuado pelo apóstolo Paulo nos capítulos 8 e 9 de sua segunda epístola aos coríntios, fato que o próprio apóstolo denominou como a grande coleta para os pobres entre os santos em Jerusalém (Romanos 15.26). Ao orientar as igrejas da Acaia a respeito desta coleta, o apóstolo lhes exorta a contribuir usando como argumento o exemplo do próprio Senhor Jesus, ao lhes dizer “Porque  sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis” (2 Coríntios 8.9). É bom que reflitamos a respeito do maior exemplo de generosidade já visto entre os homens, e dele retiremos preciosas aplicações a nossa própria conduta.

Primeiramente, o apóstolo nos faz reconhecer a origem desta ação de Jesus: sua generosidade baseia-se unicamente na graça, ou seja, na absoluta falta de merecimento por parte dos alvos de seu amor. A generosidade de Jesus não levou em conta o estado vil e a ignorância daqueles a quem veio servir. Ao falar sobre Jesus o autor da epístola aos hebreus diz que Ele “...suportou a cruz, desprezando a afronta” (Hebreus 12.2), ou seja, Jesus desprezou o fato de ser desprezado por aqueles a quem veio salvar. Sua generosidade é revelada a criaturas que absolutamente não mereciam tamanho amor. O apóstolo Paulo também nos faz saber a qualidade desta generosidade demonstrada por Jesus, ao dizer “...que sendo rico” (2 Coríntios 8.9), ou seja, o apóstolo nos faz olhar para a posição que Jesus ocupava antes de vir a este mundo, como o próprio Senhor revelou a seus discípulos no décimo sétimo capítulo do evangelho segundo João “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (João 17.5). É inimaginável aos homens a imensidão da glória divina de Deus Filho, ocultada por seu corpo humano e por sua humilde vida neste mundo. Sua generosidade para com os homens levou o próprio Deus a deixar a mais alta posição, submetendo-se voluntariamente a mais baixa condição humana, a fim de abençoar suas criaturas.

O apóstolo Paulo também nos deixa saber a grande motivação da generosidade demonstrada por Jesus, ao nos dizer que Ele “...por amor de vós se fez pobre” (2 Coríntios 8.9). A generosidade de Jesus não foi motivada por alguma necessidade própria, nem mesmo pela conquista da afeição daqueles por quem Ele morreu. A única motivação de Jesus ao realizar o que fez foi seu amor sacrificial, sem esperar por parte de suas criaturas qualquer reação favorável. Jesus não morreu por justos, mas por pecadores, como nos diz o apóstolo Paulo em sua epístola aos romanos “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8). Vemos então que o apóstolo Paulo conclui seu argumento reconhecendo a finalidade da generosidade de Jesus “...para que pela sua pobreza enriquecêsseis” (2 Coríntios 8.9). Ao demonstrar seu amor pelos pecadores, Jesus o fez unicamente pelo bem deles, mesmo que isto custasse sua própria vida. Sua generosidade levou-o a dar a si mesmo, como único sacrifício capaz de libertar a raça humana de sua triste condição.

Quão grande contradição encontramos entre a generosidade de Jesus e o chamado evangelho da prosperidade. Enquanto os homens buscam ser prósperos ao buscar a Deus, a Bíblia nos ensina que o próprio Deus se fez pobre por amor a eles. Que seja esta a visão dos salvos em um tempo onde a verdadeira generosidade se faz tão necessária.

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