A IGREJA PRECISA DE MAIS CRISTÃOS COMO EPAFRODITO - DEVOCIONAL DIÁRIO 10\04\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
10\04\2023
TÍTULO
A IGREJA PRECISA DE MAIS CRISTÃOS COMO EPAFRODITO
TEXTO
O bom leitor das
Escrituras encontra na epístola do apóstolo Paulo aos filipenses a mais extensa
nota de louvor a um cristão em todo o Novo Testamento, escrita pelo apóstolo
Paulo a fim de reconhecer as virtudes de um homem que ele próprio descreveu
como “... meu irmão e cooperador, e companheiro nos combates, e vosso enviado
para prover às minhas necessidades” (Filipenses
2.25). A elogiosa nota do apóstolo aos gentios refere-se a Epafrodito, a quem a
igreja em Filipos enviara a Roma como portador da oferta de amor destinada a
suprir as necessidades do apóstolo durante seu período de encarceramento ali.
Faremos bem em atentar a razão pela qual Epafrodito tornou-se digno de tal
distinção.
Paulo começa por
descrever a condição de Epafrodito no período em que o apóstolo estava pronto a
envia-lo de volta a Filipos como portador da carta do apóstolo aquela igreja,
dizendo “Porquanto tinha muitas saudades de vós todos, e
estava muito angustiado de que tivésseis ouvido que ele estivera doente” (Filipenses 2.26). Muito provavelmente
Epafrodito adquiriu alguma enfermidade em virtude de sua longa e desgastante
viagem a Roma, condição que se agravou ao ponto de colocar em risco sua vida,
como descrito por Paulo “E de fato esteve
doente, e quase à morte; mas Deus se apiedou dele, e não somente dele, mas
também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza” (Filipenses 2.27). A recomendação do apóstolo
é de que a igreja em Filipos o recebesse de forma honrosa, a fim de que a
presença de Epafrodito entre eles lhes restaurasse a alegria “Por isso vo-lo enviei mais depressa, para que, vendo-o outra vez, vos
regozijeis, e eu tenha menos tristeza. Recebei-o, pois, no Senhor
com todo o gozo, e tende-o em honra” (Filipenses 2.28,29).
Epafrodito esteve com Paulo em um período crucial tanto para o apóstolo
como para a continuidade e sucesso da evangelização dos gentios. Conforme
sabemos pelos relatos registrados no quarto capítulo da segunda epístola a
Timóteo, o final da vida do apóstolo e o agravamento da perseguição aos
cristãos deu-se em um tempo de abandono por parte de antigos cooperadores, o
que certamente já podia ser sentido no período em que a igreja em Filipos
enviara Epafrodito e uma generosa oferta ao apóstolo dos gentios. Paulo reconhece
que Epafrodito possuía não somente uma compreensão da gravidade daqueles dias,
como também uma disposição sincera em apoiar o apóstolo, reconhecendo estes
fatos em sua elogiosa nota a respeito dele “Porque pela obra de Cristo
chegou até bem próximo da morte, não fazendo caso da vida para suprir para
comigo a falta do vosso serviço” (Filipenses 2.30). A percepção espiritual
de Epafrodito o levou não somente a reconhecer, mas agir em prol daquilo que
ele julgou mais importante e necessário do que sua própria vida. Epafrodito
escolheu voluntariamente oferecer sua própria vida em um dos momentos mais
cruciais da obra missionária, a fim de que, através do apóstolo Paulo, o
evangelho chegasse aos ouvidos dos homens mais poderosos de seus dias, como
fora previsto pelo próprio Senhor.
Quantos cristãos hoje estariam dispostos ao mesmo sacrifício realizado
por Epafrodito? Quantos cristãos compreendem que o presente período histórico é
tão crucial para a história do evangelho como foi o tempo de Epafrodito, uma
vez que nos encontramos as portas do arrebatamento e do fim da era da graça
para este mundo tenebroso e perdido? A igreja de Cristo precisa urgentemente de
mais “Epafroditos” em seu meio, de forma que notas elogiosas como esta redigida
pelo apóstolo Paulo não se tornem uma exceção, mas uma regra de vida.
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