COMO AGIR QUANDO POUCO TEMPO NOS RESTA - DEVOCIONAL DIÁRIO 22\04\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
22\04\2023
TÍTULO
COMO AGIR QUANDO POUCO TEMPO NOS RESTA
TEXTO
A leitura do sétimo
capítulo da primeira epístola do apóstolo Paulo aos salvos em Corínto esboça de
forma espiritual e prática a dicotomia entre o casamento e o celibato, não
denegrindo nenhuma destas posições, mas as considerando à luz da vida de
dedicação que se espera dos salvos em Cristo. É por isso que, em meio a sua
argumentação, Paulo lança mão de um princípio espiritual importantíssimo e que
deve nortear a vida dos salvos em todo tempo, assim nos exortando “Isto,
porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que também os
que têm mulheres sejam como se não as tivessem; E os que choram, como se não
chorassem; e os que folgam, como se não folgassem; e os que compram, como se
não possuíssem; E os que usam deste mundo, como se dele não
abusassem, porque a aparência deste mundo passa” (1 Coríntios 7.29 a 31). É bom darmos
ouvidos a exortação do apóstolo.
Primeiramente notemos que
Paulo deseja incutir em seus ouvintes a noção da iminente volta do Senhor Jesus
a fim de resgatar sua igreja, ao nos disser “Isto, porém, vos digo, irmãos,
que o tempo se abrevia” (1 Coríntios 7.29). Reconheçamos
que, ao exortar-nos desta forma em um capítulo destinado a instruir os salvos
quanto a importância do matrimônio, em momento algum Paulo defende o desinteresse pelo
casamento ou as responsabilidades para com a família. Seu ensino é que os salvos em Cristo devem estar
atentos as realidades espirituais acima das realidades terrenas, de forma que
as coisas celestiais governem e determinem as coisas terrenas. Em suma, Paulo
deseja nos despertar da mesma forma que havia feito para com os cristãos em Roma,
ao lhes escrever “E isto digo, conhecendo
o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa
salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé” (Romanos 13.11).
A fim
de fortalecer esta consciência de urgência quanto a prioridade da vida cristã,
Paulo lança mão de exemplos práticos de como os salvos devem agir em relação ao
pouco tempo que lhes resta até que a igreja seja finalmente arrebatada. Aos
casados ele exorta “o que resta é que também os que têm mulheres sejam como
se não as tivessem”, a fim de que conduzam seu matrimônio tendo em vista Cristo e sua glória em primeiro lugar. Também
aqueles que provam de dores e sofrimentos neste mundo Paulo diz “E os que
choram, como se não chorassem”, exortando-os a não se deixarem abater pelas
calamidades vivenciadas nesta vida a ponto de vive-las de tal forma que não os
impeçam de servir ao Senhor. Da mesma forma devem agir aqueles que tem, pelo
seu esforço, alcançado realizações nesta vida, aos quais Paulo diz “e os que
folgam, como se não folgassem”,
fazendo-os reconhecer que toda realização humana pertence unicamente a este
mundo. Também aqueles que prosperam em seus negócios neste mundo Paulo diz que
a atitude que se espera deles é “e os que compram, como se não possuíssem”,
de forma que a prosperidade financeira não absorva toda expectativa de seu coração.
Finalmente, o apóstolo olha para toda manifestação de materialismo que possa
ser encontrada na vida humana a fim de nos disser “E os que usam deste
mundo, como se dele não abusassem”. A intenção do apóstolo
é chamar os salvos a uma
mudança de mentalidade, de uma mentalidade baseada neste mundo para um a uma
mentalidade celestial.
Por
fim, Paulo expõe a razão de exortar os salvos a este comportamento, ao nos
disser “porque a aparência deste mundo passa”, ou seja, tudo que existe
neste mundo e que pode servir de base para pensamentos e propósitos dos salvos,
deve ser encarado como algo instável e passageiro. Esta é apenas uma outra
forma de expressar a verdade nos ensinada pelo Mestre em seu sermão da montanha “Mas, buscai primeiro o reino de
Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas” (Mateus 6.33).
Que
saibamos dar ouvidos a exortação do Senhor.
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