DEIXE UMA CARTA AQUELES QUE VIRÃO DEPOIS DE VOCÊ - DEVOCIONAL DIÁRIO 25\04\2023

DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

25\04\2023

TÍTULO

DEIXE UMA CARTA AQUELES QUE VIRÃO DEPOIS DE VOCÊ

TEXTO

O leitor atento das Escrituras percebe nitidamente, ao ler os versos iniciais da segunda epístola do apóstolo Pedro, sua íntima preocupação quanto ao desenvolvimento espiritual dos salvos a quem se dirige. O apóstolo procura relembra-los de que tudo o que é necessário a este desenvolvimento já os havia sido dado (2 Pedro 1.3), sendo agora necessário que eles diligentemente se esforçassem em desenvolver o caráter piedoso que se espera deles. Em nenhum momento Pedro coloca em dúvida a entrada destas pessoas no céu, conquistada unicamente pela fé em Jesus Cristo. a preocupação do apóstolo se volta ao modo como estas pessoas chegarão lá, se semelhantes ao Salvador em seu caráter e conduta, ou em detrimento, como ensinou o apóstolo Paulo em sua epístola aos coríntios “Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo” (1 Coríntios 3.15). É desta triste realidade que Pedro deseja salvar seus ouvintes, exortando-os com firmeza “Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis” (2 Pedro 1.10).

Pedro demonstra tamanha convicção da importância de seu intento, que nem mesmo o fato de saber que os recipientes desta carta já tinham conhecimento destes fatos diminui seu ímpeto em anuncia-la “Por isso não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais, e estejais confirmados na presente verdade” (2 Pedro 2.12). O apóstolo usa de sincera devoção ao revelar aquelas pessoas a razão de sua atitude, consciente do pouco tempo que lhe restava neste mundo “E tenho por justo, enquanto estiver neste tabernáculo, despertar-vos com admoestações, sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo, como também nosso Senhor Jesus Cristo já me tem revelado” (2 Pedro 1.13,14). Com absoluto desassombro Pedro recorda que fora o próprio Senhor Jesus que lhe revelara como ele haveria de morrer, o que fora registrado pelo apóstolo João em sua epístola “Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras. E disse isto, significando com que morte havia ele de glorificar a Deus” (João 21.18,19).

Porém, é na conclusão deste pensamento que Pedro nos permite observar de forma ainda mais profunda a seriedade com a qual encarava o desenvolvimento espiritual daquelas pessoas, sendo capaz de vislumbrar o tempo após sua partida, e a forma como o registro de seus ensinos serviria como um lembrete permanente aos salvos que viriam após ele “Mas também eu procurarei em toda a ocasião que depois da minha morte tenhais lembrança destas coisas” (2 Pedro 1.15). A preservação das epístolas do apóstolo Pedro cumpriu este objetivo de uma forma muito mais extensa do que o próprio apóstolo provavelmente imaginou. Passados vinte séculos, sua exortação continua a abençoar os salvos, relembrando-lhes do alvo que deve permanecer diante de seus olhos “Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis” (2 Pedro 1.10).

Que a mesma convicção que desafiou a Pedro desafie também a nós salvos da presente era. E mesmo que não seja possível a nenhum de nós o mesmo privilégio de ter nosso testemunho registrado nas sagradas Escrituras, que nos esforcemos em deixa-lo vivo nos corações daqueles a quem servimos, como bem o apóstolo Paulo diz “Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens. Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração” (2 Coríntios 3.2,3).

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