DEVOCIONAL DIÁRIO 05\04\2023 O ABATIMENTO DA ALMA E A VITÓRIA PELA GRAÇA DE DEUS
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
05\04\2023
TÍTULO
O ABATIMENTO DA ALMA E A VITÓRIA PELA
GRAÇA DE DEUS
TEXTO
O Salmo 43 em muito se
parece com uma mera continuação do salmo que o antecede, seja pelo tema
abordado, seja pela similaridade de conteúdo. Tal fato não nos deve passar
desapercebido, nos conscientizando da constante necessidade da presença e poder
do Senhor em todas as circunstâncias que vivemos. Jamais devem os santos
concluir que são suficientes em si mesmos em meio as lutas e tribulações de sua
jornada, a presença do Senhor será sempre imprescindível e plenamente
suficiente. Façamos ouvir, pois, o clamor do salmista.
Encontramos nos salmos de
lamentação duas verdades intransponíveis: as lutas do salmista jamais se
findarão e seu clamor ao Senhor será sempre seu primeiro recurso contra o mal,
como somos relembrados logo no início deste salmo “FAZE-ME justiça, ó
Deus, e pleiteia a minha causa contra a nação ímpia. Livra-me do homem
fraudulento e injusto” (verso 1). É
dever do salvo entender que as tribulações causadas pelos ímpios contra os
filhos de Deus estarão presentes enquanto estes dois grupos antagônicos
conviverem sobre a terra. Imaginar a vida sem a oposição do reino das trevas
contra si mesmo é uma utopia que os servos do Senhor devem imediatamente
abandonar. A esta infindável oposição soma-se a fraqueza do coração humano,
lutando contra pecados internos que o procuram desviar da confiança no Senhor,
como tão intimamente revela o salmista “Pois tu és o Deus
da minha fortaleza; por que me rejeitas? Por que ando lamentando por causa da
opressão do inimigo?” (verso 2). Para o salmista, a debilidade de sua
própria alma demonstrasse ainda mais pesada que a oposição dos ímpios. O
pensamento de que fora rejeitado pelo Senhor lhe causa mais dor que os ataques
malignos. Que os salvos estejam conscientes do imenso poder que reside em sua
própria alma, tanto para o bem como para o prejuízo de si mesmo.
Em sua resistência contra o abatimento de sua alma, o salmista reconhece
aquilo que pode lhe restaurar “Envia a tua luz e a tua verdade, para que me
guiem e me levem ao teu santo monte, e aos teus tabernáculos” (verso 3). A
luz e a verdade serão sempre o guia fiel dos santos a fim de conduzi-los a
segurança e firmeza no Senhor, como o próprio saltério nos faz saber “Lâmpada
para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho” (Salmo
119.105). Somente a santa sabedoria de Deus pode nos conduzir ao seu encontro,
vencendo o abatimento e enchendo a alma de alegria, como nos revela o salmista “Então
irei ao altar de Deus, a Deus, que é a minha grande alegria, e
com harpa te louvarei, ó Deus, Deus meu” (verso 4). Perceba a progressão no
argumento do salmista nestes dois versos, ele inicia desejando estar no monte
do Senhor, para então revelar seu desejo pelos tabernáculos do Senhor e daí ao
altar de Deus a quem ele reconhece “Deus, Deus meu”. Ele não se satisfez
com a mera presença em um lugar santo, nem em adentrar ao santuário e dali
acessar o altar, sua alma encontrou plena satisfação apenas no próprio Deus e
na comunhão pessoal com ele. Que isto nos sirva de e encorajamento.
A semelhança do Salmo 42
este salmo também se encerra com a dura indagação do salmista a sua própria
alma “Por que estás abatida, ó minha alma? E por que te perturbas dentro de mim?”
(verso 5). Sua resposta a si mesmo é firme e
vigorosa
“Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a
salvação da minha face e Deus meu” (verso 5). Que entendamos que o único remédio eficaz a alma abatida é ser
confrontada com a invencível certeza da misericórdia e graça de nosso Deus.
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