DEVOCIONAL DIÁRIO 07\04\2023 AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO MINISTÉRIO PASTORAL
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
07\04\2023
TÍTULO
AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO
MINISTÉRIO PASTORAL
TEXTO
A florescente igreja
cristã do primeiro século encontrava no apóstolo Pedro um homem moldado a
medida de suas necessidades. Mesmo sem ignorar as fraquezas de Pedro, como a
registrada no capítulo dois da epístola aos gálatas, reconhecemos o fato que o
antes inconstante e volúvel Pedro se tornou um líder firme e amoroso, fruto do
paciente discipulado pessoal iniciado e conduzido pelo próprio Senhor Jesus. Sua
condição de “testemunha das aflições de Cristo” (1 Pedro 5.1) lhe fornecia o cerne necessário a exortações como a
registrada no quinto capítulo de sua primeira epístola, dirigida aos
presbíteros espalhados pelas igrejas cristãs “AOS presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que
sou também presbítero com eles” (1 Pedro 5.1). Revestido da autoridade de
apóstolo de Cristo, Pedro estabelece o molde pelo qual o pastorado da igreja de
Cristo deveria ser exercido, como também as características que o tornam
reconhecido como um genuíno ministério em nome do supremo pastor.
Primeiramente, Pedro ressalta a forma pela qual o ministério pastoral
deve ser exercido, ao disser “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não
por força, mas voluntariamente” (1 Pedro 5.2). A autoridade pastoral é delegada por Cristo e reconhecida
pela igreja a partir das evidências observadas na conduta dos homens
capacitados pelo Espirito Santo. A igreja naturalmente se submeterá aquele foi
ungido pelo Senhor, porém, se tal liderança é imposta por meio do
constrangimento e manipulação, é obrigação da igreja reconhecer que tal
liderança não provém do Senhor. Da mesma forma, o legítimo pastorado é também
caracterizado pela correta motivação, que segundo Pedro não deve ocorrer “nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto” (1 Pedro 5.2). Uma liderança motivada pela
recompensa financeira é incompatível com o verdadeiro ministério cristão. Isto
não significa que pastores não devam ser sustentados pela igreja de Cristo,
principalmente quando se dedicam de forma integral a apascentar as ovelhas e ao
ensino da doutrina cristã (1 Timóteo 5.17,18), mas que jamais um mercenário
deve ser conduzido ou mantido no ministério pastoral.
Outra verdade ressaltada pelo apóstolo é que o genuíno ministério
pastoral tem como característica uma liderança espiritual cuja autoridade
provém do exemplo e não da força, ao advertir que o pastor não deve liderar “Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo
ao rebanho” (1 Pedro 5.3).
Pedro condena o autoritarismo ditatorial de homens que, ao invés de servirem
como modelo a frente do rebanho, usam de uma atitude ameaçadora empurrando-os
ao cumprimento de seus sórdidos propósitos. O apóstolo termina por advertir a
respeito da correta expectativa que caracteriza os servos do Senhor “E, quando aparecer o
Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória” (1 Pedro 5.4). Pastores capacitados por Cristo
não trabalham visando o reconhecimento dos homens, mas de seu Senhor, que
prometeu os recompensar na eternidade.
Diante das verdades expostas pelo apóstolo Pedro nos resta ressaltar
aquilo que cabe ao povo de Deus em relação a identificar e reconhecer aqueles
que o Senhor tem concedido como homens dons a sua igreja. A igreja deve
lembrar-se atentamente da exortação do Mestre, a fim de não ser apanhada pela
astúcia de seus inimigos “Acautelai-vos, porém,
dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente,
são lobos devoradores” (Mateus
7.15). Da mesma forma, é preciso que a igreja mantenha uma atitude de
reconhecimento e apoio aqueles que Cristo lhes tem enviado, como nos diz o
apóstolo Paulo “E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que
presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam; E que os tenhais em grande estima e
amor, por causa da sua obra” (1 Tessalonicenses 5.12,13).
Que nossos ouvidos estejam atentos a instrução da palavra de Deus.
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