O SALMO 46 E A CONFIANÇA NO DEUS INABALÁVEL - DEVOCIONAL DIÁRIO 12\04\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
12\04\2023
TÍTULO
O SALMO 46 E A CONFIANÇA NO DEUS
INABALÁVEL
TEXTO
O Salmo 46 tem inspirado
a confiança de gerações de justos, começando pela nação de Israel, passando
pelo grande reformador Martinho Lutero, que baseado nele compôs o conhecido
hino Castelo Forte é nosso Deus, e incluindo ainda um número incalculável de
cristãos que encontram nele uma abençoada fonte de inspiração e confiança.
Entendamos, pois, a razão de sua imensa utilidade.
O salmista inicia seu canto invocando a razão da confiança disponível aos
justos “DEUS é o
nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (verso 1).
Algumas versões traduzem o final deste verso como um socorro “amplamente
disponível para ajudar em lugares estreitos”, referindo-se ao significado da
palavra angústia, ou lugar apertado, o que expressa bem o sentido pretendido. O
salmista começa a conjecturar situações que podem se abater sobre aqueles que
confiam no Senhor, como uma mudança brusca em relação aos poderes que governam
a terra, o que não abalaria sua confiança “Portanto não temeremos, ainda que
a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares” (verso
2). Usando as águas como metáfora das nações e os montes como figura dos
grandes impérios mundiais, o salmista nos garante que, mesmo que esses grandes
poderes mundiais fossem abalados, aqueles que confiam no Senhor ainda assim
estariam seguros “Ainda que as águas rujam e se
perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza” (verso
3).
Na segunda porção do salmo 46 o sábio nos leva a compreender a razão de
tamanha confiança no Senhor. Usando um rio como figura do próprio Deus, o
salmista nos ensina que o Senhor é aquele que vivifica e refrigera seu povo “Há
um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do
Altíssimo” (verso 4). A razão de Jerusalém, símbolo do poder do Senhor, não
ser abalada é a presença do próprio Deus “Deus está no meio
dela; não se abalará. Deus a ajudará, já ao romper da manhã” (verso 5), e
mesmo que as grandes potências mundiais se neguem a reconhece-lo, revelando sua
fúria, O Senhor os derrotará “Os gentios se embraveceram; os reinos se
moveram; ele levantou a sua voz e a terra se derreteu” (verso 6). Esta é a
razão da grande confiança demonstrada pelo salmista “O Senhor dos Exércitos está conosco;
o Deus de Jacó é o nosso refúgio” (verso 7).
A parte final deste salmo nos leva a olhar para o futuro, quando o Senhor
já houver julgado a rebeldia das nações e todas as ameaças a seu povo já
houverem cessado, de forma que o salmista convida os salvos a contemplar a
grande vitória de Deus “Vinde, contemplai as obras do Senhor; que desolações tem feito na
terra!” (verso 8). O salmista relembra as grandes ações do Senhor ao dizer “Ele
faz cessar as guerras até ao fim da terra; quebra o arco e corta a lança;
queima os carros no fogo” (verso 9). Que grande encorajamento ele nos
concede quanto a confiarmos no Senhor, todo medo é acalmado, toda ansiedade é
derrotada, pois o Senhor é vitorioso “Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus;
serei exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra” (verso 10).
Os salvos em Cristo devem reconhecer o caos que reina sobre este mundo,
gerando instabilidade e temor generalizado de que algo muito grave em breve
acontecerá. Porém nada que venha a acontecer é capaz de intimidar aqueles que
tem ao seu lado o comandante dos exércitos celestiais, seu refúgio inabalável,
como nos exorta o salmista “O Senhor dos Exércitos está conosco;
o Deus de Jacó é o nosso refúgio” (verso 11).
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