A CONEXÃO ENTRE A IGREJA E O ESTADO - DEVOCIONAL DIÁRIO 19\05\2023


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

19\05\2023

TÍTULO

A CONEXÃO ENTRE A IGREJA E O ESTADO

TEXTO

Podem Igreja e Estado serem parceiros a fim de promover os interesses de Deus neste mundo? Até que ponto uma aproximação entre Igreja e Estado é lícito e saudável ao testemunho da Igreja?

Primeiramente reconheçamos que ambos são ordenados por Deus. Paulo diz aos romanos porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus”, assim como diz aos coríntios que a igreja é a igreja de Deus”. É reconhecível que os cristãos pertencem a ambos, mesmo que peregrinos nesta terra, e que ambos, Estado e Igreja, possuem o mesmo cabeça, uma vez que o Senhor Jesus recebeu do Pai autoridade sobre o céu e a terra, sendo Ele o cabeça da Igreja. Porém, devemos também reconhecer as diferenças em Estado e Igreja, começando por sua origem, uma vez que a forma pela qual a Igreja e o Estado vieram a existir são distintas. O Estado passa a existir pelo decreto de Deus, como diz Paulo as autoridades que há foram ordenadas por Deus”. Já a igreja veio a existência como resultado da obra redentora de Cristo, como lemos no livro de Atos a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue”. Estado e Igreja são diferentes, porém, quanto ao seu objetivo. O Estado se ocupa da preservação da paz, por meio da força “... porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal”. A Igreja se ocupa de objetivos espirituais, por meio da pregação do evangelho, como Paulo revela aos coríntios De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo”. Estado e Igreja são também diferentes quanto ao poder que lhes foi confiado. O Estado possui poder coercitivo “... pois não traz em vão a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal”. A Igreja opera pelo poder do Espírito Santo, como nos dito no livro de Atos Mas recebereis o poder do Espírito Santo, que há de vir sobre vós”. É também notório que o Estado possui magistrados, como registrado por Paulo Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más”, enquanto a Igreja possui servos líderes, como dito na carta aos efésios E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”.

O ensino de Romanos 13 diz que os salvos devem se submeter as autoridades constituídas, porém não dizem que estas autoridades devem dirigir ou influenciar o andar da Igreja. Não há nada que justifique a associação entre Igreja e Estado, de forma que o Estado interfira na obra cristã. A pior condição que pode ocorrer a igreja é se permitir dirigir pelos governantes seculares. Por isso, é importante que os salvos abandonem qualquer concepção de um Estado que venha a apoiar a Igreja e seus propósitos. A confusão entre Igreja e Estado serve apenas para enfraquecer a obra evangelística. Qualquer associação entre Igreja e Estado foge da sabedoria de Deus. Há duas condições perigosas para a igreja em assumir uma posição em relação a um governante. É perigoso quando a Igreja se afeiçoa a um governante, pois a possiblidade de interferência deste governante nos rumos da Igreja se torna algo perigoso. É também preocupante quando a Igreja assume uma oposição aberta a um governante, pois neste caso ela dá ensejo a perseguição por parte do governo e acaba prejudicando a si mesma.

 

 

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