A CONVERSÃO DE CORNÉLIO - DEVOCIONAL DIÁRIO 25\05\2023

DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

25\05\2023

TÍTULO

A CONVERSÃO DE CORNÉLIO

TEXTO

Entre as conversões a Cristo relatadas no Novo Testamento, a do centurião romano por nome Cornélio ocupa um lugar de relevante importância quanto a obra que Deus estava realizando em meio a seu povo. Cornélio era um comandante militar responsável por uma tropa de cem homens estabelecida em Cesaréia, cidade na qual residia com sua família. O direcionamento da pregação do evangelho aos povos gentios teve em Cornélio um caso extremamente representativo quanto a grandes verdades do evangelho, o que faremos bem em observar.

Primeiramente, a narração que encontramos no décimo capítulo do livro de Atos apresenta Cornélio como um homem devoto aos princípios que aprendera do judaísmo “E HAVIA em Cesareia um homem por nome Cornélio, centurião da coorte chamada italiana, piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus” (Atos 10.1,2). De origem pagã, Cornélio encontrou no judaísmo, do qual se tornou prosélito, um caminho diferente das demais religiões pagãs espalhadas pelo vasto Império Romano. Em seu relato dos acontecimentos que se deram quando da conversão de Cornélio, o apóstolo Pedro reconheceu o sincero envolvimento do centurião com o judaísmo ao disser que era “homem justo e temente a Deus, e que tem bom testemunho de toda a nação dos judeus” (Atos 10.22). A primeira grande verdade que encontramos em Cornélio diz respeito ao ensino do apóstolo Paulo aos gálatas, quando lhes diz que “... a lei nos serviu de tutor, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados” (Gálatas 3.24). É reconhecível como a instrução da lei preparou o coração e a mente de Cornélio para a grande revelação que receberia a respeito de Cristo, de forma que prontamente acolheu a verdade do evangelho, junto com seus familiares.

A conversão de Cornélio serviu também de importante marco na ainda infante igreja cristã quanto ao propósito de Deus para com eles. A visão concedida por Deus a Cornélio (Atos 10.3 a 6), lhe ordenando que mandasse buscar ao apóstolo Pedro para que este lhe dirigisse quanto ao que haveria de fazer, encontrou eco em Pedro em seu momento de oração (Atos 10.9 a 17), quando viu um lençol descer do céu, no qual havia animais considerados imundos pela lei mosaica, aos quais Deus ordenou que Pedro se alimentasse deles, o que o apóstolo negou por serem animais imundos. A resposta do Senhor a ele foi “Não faças tu comum ao que Deus purificou” (Atos 10.15), uma clara referência aos povos gentios, aos quais o evangelho haveria de alcançar. Também o resultado da pregação de Pedro a Cornélio e sua família demonstra este direcionamento de Deus, bem como a necessária mudança de mente por parte dos cristãos judeus, que ao contemplarem a ação do Espírito Santo, reconheceram esta verdade, como descrito no livro de Atos “E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios” (Atos 10.45). Tal fato confirma o que Paulo havia escrito aos efésios, demonstrando como o evangelho uniria povos tão diferentes “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem” (Efésios 2.14,15).

Finalmente, a conversão de Cornélio demonstrou aos cristãos daqueles dias que não era necessário que os salvos em Cristo se submete-se a lei mosaica a fim de agradar ao Senhor. Cornélio foi salvo unicamente pela graça, sem que fosse necessário submeter-se as normas do judaísmo, na forma como lemos na epístola aos efésios “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8,9).

Graças a Deus pela tão grande salvação concedida aos homens, independente que quem somos.