A RELAÇÃO DO CRISTÃO COM O ESTADO - DEVOCIONAL DIÁRIO 17\05\2023


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

17\05\2023

TÍTULO

A RELAÇÃO DO CRISTÃO COM O ESTADO

TEXTO

De tempos em tempos o texto de Romanos 13.1 a 7 se torna objeto de especial interesse da igreja de Cristo em virtude dos acontecimentos que lhes cercam, sempre em busca de orientação quanto à questão da relação entre os cristãos e o estado em que vivem. Há hoje cristãos vivendo em países que enfrentam diretamente esta questão, devido a adoção de um sistema de governo que restringe a liberdade de seu povo os levou a ter que encarar seriamente esta questão e sua conduta para com o governo de seu país.

O primeiro princípio que devemos considerar nos é apresentado pelo apóstolo Paulo no primeiro verso deste texto, nos tornando cientes que a existência de governos humanos é uma obra de Deus TODA a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus”. O estado e os governos não são uma invenção humana, são resultado da ação de Deus, uma vez que foi o próprio Deus que ordenou o Estado, de forma que a noção de governo, lei e ordem foram estabelecidas por Deus. Isto não significa que todo governante, em especial os maus governantes, foram colocados em uma posição de autoridade pela vontade diretiva de Deus, nem que Deus tenha estabelecido as formas de governo que hoje há, mas que o conceito de governo humano foi criado por Deus. Desta forma os modelos de governo como monarquia, parlamentarismo, presidencialismo não foram conceitos estabelecidos por Deus, mas pelos homens. O que aprendemos aqui é que deve haver um governo, uma autoridade constituída, seja por um rei, um imperador ou um presidente.

Desta forma, qual deve ser a relação entre o cristão e o Estado? Reconhecemos que o pensamento vigente diz que que o cristão não deve ter nenhum contato com o mundo político ou governamental. Porém pensemos na seguinte hipótese: a Bíblia nos manda orar pelas pessoas investidas de autoridade, e Paulo deixa isso claro em sua epístola a Timóteo ADMOESTO-TE, pois, antes de tudo, que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade; porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens sejam salvos, e venham ao conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2.1 a 4). Ao orarmos pela salvação de um governante e se ele vier a ser salvo pela fé em Cristo, ele deve deixar imediatamente o governo por que agora ele é um cristão? É claramente enganoso o pensamento de que por ser cristão, uma pessoa não deve interessar-se pelas questões governamentais.  Ser cristão não nos tira deste mundo. Não há nada de errado em um cristão concorrer a um cargo governamental do ponto de vista em que ele irá tratar de questões que não são morais ou espirituais, como a saúde de seu povo, a educação, a segurança pública, a economia de um município, de um estado ou do governo federal. Estes interesses não são pecaminosos em si. É interesse do cristão que as melhores mentes cuidem de coisas que afetam sua vida, como a economia.

Desta forma o ensino de Romanos 13.1 a 7 é que o governo é essencial a vida civilizada, e que o cristão deve se interessar pelas coisas espirituais, assim como pelo sistema que o cerca.

 

 

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