A SOLUÇÃO DO LITÍGIO ENTRE IRMÃOS - DEVOCIONAL DIÁRIO 14\05\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
14\05\2023
TÍTULO
A SOLUÇÃO DO LITÍGIO ENTRE IRMÃOS
TEXTO
Os primeiros versos do
sexto capítulo da primeira epístola de Paulo aos coríntios descrevem a forma
como o apóstolo tratou de uma questão séria que estava ocorrendo naquela
igreja, a forma como um litígio entre irmãos em Cristo estava sendo tratado,
não pelos líderes da igreja, mas pelos magistrados romanos, homens que não se
submetiam a autoridade da palavra de Deus.
A fim de convence-los de
que tal atitude era indigna da posição de filhos de Deus, Paulo se utiliza de
dois fortes argumentos a fim de dissuadi-los, começando por dizer-lhes “Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve
ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? ”.
O objetivo de Paulo é colocar o litígio daquelas pessoas ao nível das coisas
eternas, quando os salvos em Cristo irão testemunhar da condenação dos homens
ímpios, aos quais eles agora solicitam socorro. Paulo vai além em seu
argumento, lembrando-lhes outra verdade espiritual “Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas
pertencentes a esta vida? ”. Os salvos estarão ao lado de Cristo quando ele julgar homens e anjos,
incluindo o próprio Satanás, de forma que, ao rebaixarem-se aos padrões deste
mundo, a igreja em Corínto também rebaixava-se a si mesma de sua gloriosa
posição em Cristo.
O apóstolo vai ainda além em seu
argumento, “Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes
para julgá-los os que são de menos estima na igreja? ”. A expressão “pertencentes a esta
vida” revela que o litigio não tratava de questões espirituais, mas
materiais, dinheiro, valores. Ao
referir-se a esses homens mundanos como “os
que são de menos estima na igreja” Paulo se refere a pessoas que nem ao
menos seriam aceitos como membros da igreja em Corínto por se tratarem de
pessoas incrédulas. Paulo lhes faz ainda uma dura lembrança diante deste
episódio “Para vos envergonhar o
digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus
irmãos? ”. Os coríntios valorizam tanto os dons espirituais, porém não
havia entre eles um único homem sábio a fim de julgar aquele fato. Em
tudo isso o testemunho do evangelho se torna exposto perante os incrédulos, de
forma que o litígio entre salvos perante juízes mundanos motivava o escarnio
deles, além do que a disputa por motivos materiais era incoerente com a
doutrina do evangelho. O único objetivo de Paulo era evitar tudo isso.
Como não havia um irmão
sábio que fosse capaz de resolver aquela questão, foi necessário que o próprio Paulo
os orientasse, ressaltando a indignidade do ato cometido por eles “Na verdade é já realmente uma falta entre vós, terdes
demandas uns contra os outros”. O fato de irem ao tribunal já era uma derrota para a igreja. Não havia ninguém certo nesta questão. Para Paulo a solução menos danosa para o testemunho do evangelho diante
do litígio entre irmãos é cada um dos envolvidos arcar com o prejuízo material,
de forma a demonstrarem que as coisas espirituais eram mais importantes que as
questões materiais, “Por que não sofreis
antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano? ”. A solução proposta
pelo apóstolo visava preservar o testemunho da igreja acima de qualquer disputa
interna.
Quanto mais o
evangelho da salvação seria admirado e respeitado pelas pessoas deste mundo se
os salvos em Cristo mantivessem diante de si este simples propósito.
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