A SUJEIÇÃO DO CRISTÃO AS AUTORIDADES CONSTITUIDAS - DEVOCIONAL DIÁRIO 15\05\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
15\05\2023
TÍTULO
A SUJEIÇÃO DO CRISTÃO AS AUTORIDADES
CONSTITUIDAS
TEXTO
Os salvos em Cristo encontram no décimo terceiro
capítulo da epístola de Paulo aos romanos uma instrução específica tratando a
questão da qualidade de relacionamento que Deus deseja que seus filhos
mantenham com o Estado de direito a que pertencem, “TODA a alma esteja
sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de
Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade
resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror
para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer à autoridade?
Faze o bem, e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme,
pois não traz em vão a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para
castigar o que faz o mal. Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo
castigo, mas também pela consciência. Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus,
atendendo sempre a isto mesmo. Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem
imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra”.
A razão primária pela qual o apóstolo Paulo
escreveu este texto tem a ver com a visão nacionalista do grande número de
judeus convertidos ao cristianismo, que interpretavam a norma da lei como um
empecilho a se submeterem a qualquer autoridade constituída que não pertencesse
a seu povo, como Moisés escreveu no décimo quinto capítulo do livro de
Deuteronômio, “Porás certamente sobre ti como rei aquele
que escolher o Senhor teu Deus; dentre teus irmãos
porás rei sobre ti; não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja de
teus irmãos”. Desta forma, os salvos judeus encaravam qualquer
manifestação de colaboração com o Estado estabelecido pelo Império Romano como
algo contra a vontade de Deus, pensamento que era compartilhado por grande
número de convertidos a Cristo.
Por esta razão foi necessário que Paulo
instrui-se aqueles cristãos dizendo-lhes, “TODA a
alma esteja sujeita às autoridades superiores”. Ao dizer “toda alma” Paulo se refere não apenas aos cristãos
primitivos que viveram no primeiro século, mas a todos os cristãos de todos os
tempos. A expressão “autoridades superiores” se refere aqueles
que são revestidos dos poderes governamentais que os colocam em uma posição de
autoridade superior à nossa. A expressão “esteja sujeita” é um
termo militar que indica a sujeição dos soldados e seu comandante. A
expressão usada aqui não tem o sentido de “obedecer uns aos outros”, a
semelhança do que ele havia escrito em sua carta a Tito, “ADMOESTA-OS a que se sujeitem aos principados e
autoridades, que lhes obedeçam, e estejam preparados
para toda a boa obra” (Tito 3.1). Nestes textos a expressão sujeitar-se
nos remete a reconhece-los como representantes da autoridade de Deus, como
parte da expressão da autoridade de Deus.
O princípio estabelecido por Paulo neste texto deve conduzir o salvo em
Cristo a algumas atitudes em relação as autoridades civis constituídas. É
imperativo que o cristão, em sua conduta, se revista de uma atitude de honra e
respeito as autoridades constituídas, quer seja favorável ou não aquele que foi
revestido de autoridade, porém consciente que em sentido alguma este princípio
espiritual ensinado pelo apóstolo Paulo apela a uma obediência cega por parte
dos cristãos as autoridades constituídas, devendo o salvo munir-se de sua
consciência para com Deus diante das leis promulgadas pelo Estado, ciente de
que sua lealdade pertence somente ao Senhor.
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