AS OBRAS QUE IDENTIFICAM A QUAL REINO PERTENCEMOS - DEVOCIONAL DIÁRIO 21\05\2023


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

21\05\2023

TÍTULO

AS OBRAS QUE IDENTIFICAM A QUAL REINO PERTENCEMOS

TEXTO

A fé que uma vez foi entregue aos santos carrega consigo verdades inegociáveis, entre elas a salvação pela graça, excluindo qualquer obra meritória realizada pelo ser humano, como base da eterna salvação concedida aos que, em verdadeiro arrependimento, depositam sua confiança em Jesus Cristo como seu único e suficiente salvador, como bem o apóstolo Paulo descreveu aos salvos em Éfeso Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8,9). Porém, no verso seguinte Paulo trata de colocar as obras em seu devido lugar como resultado do novo nascimento operado pelo Espírito Santo de Deus em todo aquele que crê “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2.10). Ou seja, as ações de um ser humano identificam claramente o reino a que pertencem, se ao rei da luz, capitaneado por Cristo e sua glória, ou ao reino das trevas, escravizado pelo pecado e tendo em Lúcifer sua expressão maior. Tal verdade é mais profundamente explorada pelo apóstolo Paulo no segundo capítulo de sua epístola aos salvos em Roma, em sua doutrinação quanto ao justo juízo de Deus sobre os homens, quando nos diz que o Senhor “... recompensará cada um segundo as suas obras; a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção; mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade” (Romanos 2.6 a 8).

Em primeiro lugar, este texto nos ensina que o juízo de Deus sobre o ser humano é absolutamente individual e se dará de acordo com as obras de cada um como uma comprovação clara e inequívoca do reino a qual servem e pertencem. Em momento nenhum Paulo nos diz que tais obras possuem o poder de perdoar os pecados de um ser humano ou de lhe conceder a justiça necessária para sua salvação, a função das obras é revelar aquilo que Jesus já havia nos ensinado “Portanto, pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7.20). Paulo então passa a descrever os participantes de cada um destes reinos a partir de três atitudes visíveis neles: sua atitude para com Deus, a propensão de suas vidas e a conduta que os caracteriza.

Em relação aos salvos em Cristo o apóstolo nos diz que sua atitude para com Deus demonstra que procuram glória, honra e incorrupção” (Romanos 2.7), ou seja, o objetivo de suas ações é glorificar e honrar a pessoa de Deus, vivendo de tal forma separados das contaminações deste mundo a fim de demonstrar sua filiação. Todo salvo também revela sua propensão a perseverança neste caminho, conduzindo sua vida na prática do bem a seu próximo, como descrito por Paulo “com perseverança em fazer bem”. Já em relação a todos aqueles que se mantém em sua incredulidade, o apóstolo diz que são “contenciosos” (Romanos 2.8), ou seja, vivem em uma atitude de permanente oposição a pessoa de Deus, tendo como tendência em seu viver serem “desobedientes a verdade e obedientes a iniquidade”, demonstrando que sempre se posicionarão em contrariedade aos princípios da palavra de Deus. Ao dizer que tal homem “faz o mal”, Paulo demonstra que a conduta de tais pessoas é danosa e prejudicial aqueles que a cercam.

Finalmente, é mediante a manifestação de tais obras que o apóstolo pode nos dizer o resultado que cada um colherá de sua própria conduta. Aos salvos ele diz “Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem” (Romanos 2.10), mas aos injustos sua declaração é “Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal” (Romanos 2.9). Que cada um julgue a si mesmo, reconhecendo sua própria condição e a clara exortação dirigida a todos os homens “sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem” (Romanos 2.2).

 

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