O CRER E AS OBRAS - DEVOCIONAL DIÁRIO 03\05\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
03\05\2023
TÍTULO
O CRER E AS OBRAS
TEXTO
O conhecido texto bíblico
encontrado em Gênesis capítulo 15 é utilizado pelos autores do Novo Testamento
a fim de ressaltar a importância de cremos em Deus se desejamos nos aproximar
dele. Em sua epístola aos romanos o
apóstolo Paulo usa da fé de Abraão como exemplo do significado de crer “Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado
como justiça” (Romanos 4.3), contrapondo-o a inutilidade das
obras humanas quanto a sua salvação.
O
argumento de Paulo começa por questionar o que um homem é capaz de conquistar
por suas obras “QUE diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne? Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar,
mas não diante de Deus” (Romanos
4.1,2). O que Paulo procura demonstrar é o fato que, se
Abraão tivesse qualquer mérito sua justificação não seria obra da graça de Deus,
e para isso ele se utiliza de uma simples ilustração “Ora, àquele que faz qualquer obra não
lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida” (Romanos
4.4). Ao realizarmos um serviço é justo que
recebamos o pagamento, e, ao pagar-me, aquele que usufruiu de meu trabalho não
está sendo bondoso para comigo, está apenas pagando o que me deve. Seu
pagamento não é um ato de bondade.
Paulo se utiliza desta figura a fim de contrasta-la com a ação de Deus
para com Abraão, ao dize “Mas, àquele que não pratica, mas crê
naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça” (Romanos
4.5). Assim fica demonstrado que a justificação de Abraão é resultado
unicamente da graça de Deus, e não de obras realizadas por ele.
A fim de salientar ainda
melhor sua posição, Paulo nos faz entender quem era Abraão, o homem justificado pela graça de Deus sem qualquer mérito, pelo
contrário, Abraão não passava de adorador de demônios quando Deus o chamou em
Gênesis 12, o que é confirmado no livro de Josué, “Então Josué disse a todo o povo: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Além do rio
habitaram antigamente vossos pais, Terá, pai de Abraão e pai de Naor; e
serviram a outros deuses” (Josué
24.2). Ao declarar abraão justo, Deus não o fez por base na bondade ou
qualidades de Abraão, Deus não justificou um homem bom, mas um idólatra, na
mesma condição de todos os demais membros de sua raça, como bem o apóstolo
Paulo revela em sua epístola aos romanos
“Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer” (Romanos 3.10). Isso se dá desta forma porque a justificação é uma afirmação feita por Deus que declara
inocente aquele que crê em Jesus Cristo, lhe revestindo da justiça de Cristo, o
que lhe concede plena justificação. Ao
justificar o pecador, Deus coloca o pecador em uma posição de favor diante de
si mesmo.
Abraão, como
todo resto da humanidade, era um homem ímpio. Deus justifica o homem pela fé
porque a justificação é uma obra totalmente dEle, que em sentido nenhum se
baseia nas obras ou capacidades humanas, como bem Paulo expos aos efésios “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de
vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios
2.8,9). Reconheçamos que Deus justifica ímpios, para que a oportunidade de
salvação seja concedida a todos os seres humanos, sem distinção.
Comentários
Postar um comentário