O DEVER DO ESTADO E O DEVER DA IGREJA - DEVOCIONAL DIÁRIO 20\05\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
20\05\2023
TÍTULO
O DEVER DO ESTADO E O DEVER DA IGREJA
TEXTO
O ensino registrado no
décimo terceiro capítulo da epístola de Paulo aos romanos nos revela que a
obediência as autoridades constituídas é algo requerido por Deus dos salvos em
Cristo. A desobediência ao princípio de governo, lei e ordem somente é
justificada mediante leis contrárias a princípios claros da palavra de Deus
quanto ao relacionamento com os salvos. Por esta razão, não devem os salvos
participar de rebeliões ou levantes contra a autoridade estabelecida, os meios
legais devem ser buscados primeiramente. Havendo real necessidade de defesa é
lícito que os salvos se defendam usando da força. Igreja e Estado são entidades
distintas e não há princípio bíblico algum que demonstra que a Igreja deve
controlar o Estado ou este a Igreja. O salvo deve ser consciente de sua posição
como cidadão de seu país, ao mesmo tempo que reconhece sua cidadania celestial.
Entender estas questões é de suma importância no posicionamento que somos
chamados a tomar em nossos dias.
O Estado como
estabelecido por Deus possui uma função de repressão a manifestação do pecado,
como Pedro revela em sua primeira epístola “Sujeitai-vos, pois,
a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por ele
enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem” (1 Pedro 2.13,14). O cristão em seu entendimento bíblico compreende esta
necessidade, e reconhece que se, não houve governo, lei e ordem a vida humana
seria um caos. Não se deve
esperar do estado que este promova os princípios cristãos, pois de nada adianta
que as pessoas adotarem princípios cristãos sem o serem. Tal fato produzirá
aquilo que Pedro bem alertou em sua epístola ao falar das características dos
falsos mestres “Porquanto se, depois de terem escapado
das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo,
forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se lhes o último estado
pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que,
conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o
que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu
próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama” (2 Pedro 2.20 a 22).
Da
mesma forma, a Igreja como estabelecida por Deus tem entre seus deveres fazer o
evangelho de Jesus Cristo conhecido por todos os homens, como bem nos ordenou o
Mestre “E disse-lhes: Ide por todo o mundo,
pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos
16.15). É também dever da Igreja edificar
os salvos, como bem Paulo nos instrui em sua epístola aos efésios “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros
para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos,
para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Efésios 4.11,12). A Igreja como entidade criada por
Deus não se alia ao governo, uma vez que suas funções são diferentes. A igreja como corpo de Cristo não participa de forma direta
da vida política da nação. Porém isso não
significa que a Igreja não instrua seus membros quanto aquilo que se espera
deles como cidadãos deste país. A igreja fala
de política no sentido de instruir biblicamente os salvos quanto aquilo que
Deus deseja deles. A igreja faz isso sem
assumir uma postura a favor ou contra o governo momentaneamente estabelecido
sobre ela, mas demarcando com fidelidade o que é exigido por Deus das
autoridades constituídas, de acordo com sua santa palavra.
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