O PROBLEMA DO LITÍGIO ENTRE IRMÃOS - DEVOCIONAL DIÁRIO 13\05\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
13\05\2023
TÍTULO
O PROBLEMA DO LITÍGIO ENTRE IRMÃOS
TEXTO
O início do sexto
capítulo da primeira epístola de Paulo aos coríntios nos revela uma das
dificuldades enfrentadas pela igreja em Corinto, o litígio entre irmãos em
Cristo, fato que preocupou o apóstolo e que deve também ser motivo de
vigilância e cuidado por parte de nós, como bem descreve Paulo “OUSA algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a
juízo perante os injustos, e não perante os santos? Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve
ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas
pertencentes a esta vida? Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes
para julgá-los os que são de menos estima na igreja? Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo
um, que possa julgar entre seus irmãos? Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante infiéis. Na verdade, é já realmente uma falta entre vós, terdes
demandas uns contra os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que
não sofreis antes o dano? Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e
isto aos irmãos” (1 Coríntios 6.1 a 8).
O
contexto histórico de fatos como este nos revela que em cada cidade pertencente
ao império romano havia um tribunal onde os litígios entre seus cidadãos era
tratado. Este tribunal era público e aberto, de forma que qualquer pessoa que
passasse poderia ouvir o que estava sendo tratado ali. Nas cidades romanas os
juízes eram eleitos a cada dois anos, de eleição de conotação política e
invariavelmente muita corrupção envolvida. Por esta razão as pessoas optavam
por tratar seus casos por meio da mediação, sem a necessidade de levar o caso a
estas autoridades. Podemos entender a razão disto ao acompanhar o fato ocorrido
com o apóstolo Paulo e narrado no décimo oitavo capítulo do livro de Atos “Mas,
sendo Gálio procônsul da Acaia, levantaram-se os judeus concordemente contra
Paulo, e o levaram ao tribunal” (Atos 18.12). Percebendo que ganho algum haveria daquele lítigio,
Gálio os expulsa do tribunal,
de forma que este imbróglio acaba por
terminar em grande demonstração de violência “Então todos os gregos agarraram
Sóstenes, principal da sinagoga, e o feriram diante do tribunal; e a Gálio nada
destas coisas o incomodava”.
É a este contexto de disputas, violência e baixarias que o apóstolo Paulo se
refere ao escrever aos coríntios. Seu objetivo claramente era impedir que eles
chegassem a este ponto.
Havia
também uma razão espiritual que levava o apóstolo Paulo a exortar os coríntios
quanto a esta questão “OUSA algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo
perante os injustos, e não perante os santos? ” (1 Coríntios 6.1). Seu questionamento é claro, um litígio
entre santos foi tratado entre injustos e não na esfera da igreja. Tal ação
levou pessoas salvas em Cristo, habitadas pelo Espírito Santo, a resolver suas
diferenças por meio de homens que desprezavam e zombavam dos princípios da
palavra de Deus, quando os próprios cristãos devem ser capazes de resolver suas
questões na esfera da própria igreja, sem necessitar do auxílio dos homens
mundanos.
Que
os salvos em Cristo sejam conscientes da importância de seu testemunho cristão
diante deste mundo, resolvendo questões que existam entre eles por meio de uma
conduta sábia e espiritual, e não como aqueles que não conhecem a Cristo.
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