O SIGNIFICADO DE ARREPENDIMENTO QUANDO SE REFERE A DEUS - DEVOCIONAL DIÁRIO 29\05\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
29\05\2023
TÍTULO
O SIGNIFICADO DE ARREPENDIMENTO QUANDO
SE REFERE A DEUS
TEXTO
O leitor atento das
sagradas Escrituras encontrará nos escritos do Velho Testamento uma expressão
que se repete em torno de quarenta vezes e que em nossa língua é traduzida pelo
ato de arrepender-se. Esta palavra é relacionada a mudança ou disposição do coração,
a uma mudança de mente ou de propósito ligada a mudança de conduta pessoal.
Porém, ao analisarmos a maior parte dos textos onde esta palavra é usada
notamos que sua aplicação está relacionada a pessoa de Deus, o que nos deve
levar a uma séria inquirição dos fatos.
Primeiramente, devemos
entender que a aplicação deste vocábulo a pessoa de Deus não o iguala a suas
criaturas, cujo arrependimento está ligado a confissão e abandono de seus
pecados, como bem o profeta
Samuel proclamou “E também aquele que é a Força de Israel não mente nem se
arrepende; porquanto não é um homem para que se arrependa”
(1 Samuel 15.29). Devemos, pois, entender que as
referências a atitude de arrependimento por parte de Deus em nada tem a ver com
a falha ou fracasso de seus intentos, mas sim com sua resposta a mudança
verificada no comportamento de suas criaturas, para o bem ou para o mal. Ao
criar o homem sua imagem e semelhança Deus os criou para o louvor de sua
glória, porém o pecado de tal forma desvirtuou a raça humana que o livro de
Gênesis registra a mudança da atitude de Deus para com suas criaturas “Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre
a terra e pesou-lhe em seu coração” (Gênesis 6.6). Deus falhou ao criar o homem?
Jamais. O que este texto nos ensina é que, diante da conduta maligna do ser
humano, Deus também mudou sua conduta para com eles, como exigido por sua
santidade.
É
bom que entendamos que esta mudança de atitude por parte de Deus pode ocorrer
em dois sentidos, como primeiramente nos fala o profeta Jeremias “No momento em que falar contra uma nação, e contra um reino para
arrancar, e para derrubar, e para destruir, se a tal nação, porém, contra a qual
falar se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava
fazer-lhe” (Jeremias 18.8).
Esta verdade pode ser claramente vista na atitude do Senhor para com o povo de
Nínive, como descrito no livro do profeta Jonas “E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau
caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o
fez” (Jonas 3.10).
Porém a mesma verdade se aplica também a uma mudança de comportamento em
direção a impiedade “No momento em que falar de uma
nação e de um reino, para edificar e para plantar, se fizer o
mal diante dos meus olhos, não dando ouvidos à minha voz, então me arrependerei
do bem que tinha falado que lhe faria” (Jeremias 18.10).
Tais
questões devem conduzir a mente dos homens a compreensão de verdades essenciais
quanto a relação entre eles e Deus. Em primeiro lugar, a conduta de Deus para
com os homens pecadores demonstra sua imensa misericórdia, cuja razão
encontra-se apenas em Deus, razão pela qual o pecador é chamado ao verdadeiro
arrependimento “E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e
convertei-vos ao Senhor vosso
Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em
irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal” (Joel 2.13).
Porém, há um limite quanto as oportunidades
concedidas por Deus aos homens antes de serem definitivamente chamados a juízo,
como bem nos ensina o profeta Jeremias “Tu me deixaste, diz o Senhor, e tornaste-te
para trás; por isso estenderei a minha mão contra ti, e te destruirei; já estou
cansado de me arrepender” (Jeremias
15.6).
Que
todos deem ouvidos a esta tremenda verdade.
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