A CAUSA E PROPÓSITO DAS TRAGÉDIAS HUMANAS - DEVOCIONAL DIÁRIO 25\06\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
25\06\2023
TÍTULO
A CAUSA E PROPÓSITO DAS TRAGÉDIAS
HUMANAS
TEXTO
Desde a mais remota
antiguidade o ser humano procura entender a causa de acontecimentos trágicos
por meio de conceitos elaborados a partir de crenças compartilhadas de geração
a geração, julgando que determinados povos ou raças são atingidos por fatos
catastróficos devido a crenças e atitudes que acabam por trazer sobre eles a
ira das forças da natureza ou mesmo a ira de Deus. Também o Senhor Jesus Cristo
se deparou com tais fatos, que receberam dele um posicionamento realista quanto
ao que lhe questionavam, conforme nos relata o evangelista Lucas “E, NAQUELE mesmo
tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus, cujo sangue Pilatos
misturara com os seus sacrifícios. E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós que esses galileus foram
mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas? Não, vos digo; antes, se não vos
arrependerdes, todos de igual modo perecereis. Ou aqueles dezoito, sobre os quais caiu
a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos
quantos homens habitam em Jerusalém? Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo
perecereis” (Lucas 13.1 a 5).
Devemos
buscar o entendimento deste texto pela narrativa que o precede, onde
encontramos o Senhor Jesus alertando a nação de Israel quanto a necessidade de
discernimento diante das circunstâncias que os cercavam, a ponto de Jesus lhes
exortar através de uma clara aplicação “Quando vedes a nuvem
que vem do ocidente, logo dizeis: Lá vem chuva, e assim sucede. E, quando assopra o sul, dizeis: Haverá
calma; e assim sucede. Hipócritas, sabeis discernir a face da terra e do céu; como não sabeis
então discernir este tempo?” (Lucas 12.54 a 56). Lucas dá ênfase a esta necessidade ao narrar o
diálogo entre Jesus e os judeus que lhe falavam da morte de alguns homens
galileus a quem Pilatos mandara matar enquanto ofereciam seus sacrifícios no
templo. Imediatamente Jesus expos o pensamento errôneo daqueles homens ao lhes
disser “Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os
galileus, por terem padecido tais coisas? Seguindo o mesmo pensamento, o próprio Jesus
lhes propõe outro exemplo, dizendo-lhes “Ou aqueles dezoito, sobre os quais
caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos
quantos homens habitam em Jerusalém?”.
Há uma sutil diferença entre o pensamento daqueles homens e a resposta
dada pelo Senhor Jesus. Enquanto o pensamento deles se baseava no fato que tais
acontecimentos trágicos sobrevinham exclusivamente a homens pervertidos e
merecedores de sofrerem tal pena, o Senhor Jesus aponta para a verdade que a
ameaça de um julgamento súbito não está limitada a pessoas a quem consideramos
más ou merecedoras de tal punição, mas que um iminente julgamento está prestes
a atingir a todos os seres humanos, como
por duas vezes o Mestre lhes alerta “Não, vos digo; antes, se não vos
arrependerdes, todos de igual modo perecereis”. O que Jesus lhes procura
ensinar é que tais tragédias não devem ser encaradas como um julgamento
especial de Deus sobre determinados homens, como se apenas eles fossem
merecedores de tão severa pena, mas como um aviso a todos os homens a respeito
da urgente necessidade de arrependimento, que no caso dos judeus, apontava para
a trágica destruição de Jerusalém cerca de quarenta anos adiante pelo general
romano Tito.
As
tragédias humanas não são um sinal da desaprovação divina sobre o pecado do ser
humano, mas devem servir de aviso a toda humanidade quanto a urgente
necessidade de arrependimento e fé em Jesus Cristo, como nos demonstra o
apóstolo Pedro “O Senhor não retarda a sua promessa,
ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para
conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a
arrepender-se” (2 Pedro 3.9).
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