A ESPADA DE DOIS GUMES - DEVOCIONAL DIÁRIO 28\06\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
28\06\2023
TÍTULO
A ESPADA DE DOIS GUMES
TEXTO
O leitor atento das
Escrituras encontrará em ambos os testamentos bíblicos uma expressão que,
aplicada a pessoa e obra de Jesus Cristo muito nos ensina a respeito de seu
poder e caráter. Encontramos na descrição feita pelo apóstolo João no primeiro
capítulo do livro de Apocalipse sua visão da pessoa de Jesus, quando, entre
tantas qualidades, o apóstolo nos diz que “E ele
tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma espada aguda de dois
fios; e o seu rosto era como o sol, quando na
sua força resplandece” (Apocalipse 1.16). Há preciosas lições ao observarmos com atenção esta “espada
aguda de dois gumes” que João vê sair da boca de Jesus, e faremos bem em
examina-la.
A primeira questão evidente no uso desta expressão é sua ligação com a
pessoa de Jesus, pois tanto no Velho como no Novo Testamento encontraremos esta
mesma descrição se referindo ao Filho de Deus, como em sua carta a igreja de
Pérgamo, registrada também no livro de Apocalipse, quando nos diz “E ao anjo
da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda
de dois fios” (Apocalipse 2.12). Também ao narrar a vitória final de Jesus
contra o reino das trevas o apóstolo João faz uso da mesma expressão, ao nos
disser “E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava
assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes” (Apocalipse
19.21). Ao observarmos a descrição do Messias que encontramos nos livros
proféticos encontramos Isaías a descreve-lo de forma similar “E fez a minha boca como uma espada aguda,
com a sombra da sua mão me cobriu; e me pôs como uma flecha
limpa, e me escondeu na sua aljava” (Isaías 49.2).
O entendimento destas passagens bíblicas nos faz perceber que elas
colocam em evidência o poder de Jesus Cristo como juiz de todas as criaturas, uma
vez que em seu segundo advento ele é visto trazendo consigo o juízo da espada
que procede de sua boca. Um exemplo desta verdade é a figura usada pelo
apóstolo Paulo a fim de descrever a vitória de Cristo sobre o anticristo,
quando nos diz “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo
Espírito da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda” (2
Tessalonicenses 2.8), o que também nos permite entender que esta espada se
refere especificamente ao poder e autoridade da palavra de Deus, aplicada pelo
Espírito Santo por meio de Jesus Cristo. O fato que a espada do Espírito possui
dois gumes revela seu grande poder a fim de cumprir o julgamento estabelecido
por Deus, como descrito na epístola aos hebreus “Porque a palavra de
Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma
de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus
4.12).
Há neste ensino uma verdade preciosa a ser entendida e aplicada pelos
salvos em Jesus, nos ensinando que nada e ninguém pode fugir do julgamento que
será executado pelo Filho de Deus, razão pela o apóstolo Paulo nos exorta a
vivermos de forma sábia, ao nos disser “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo,
para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do
corpo, ou bem, ou mal” (2 Coríntios 5.10).
Que saibamos, pois, viver de acordo com
esta preciosa verdade.
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