O DEUS ENTRETENIMENTO E A REAL NECESSIDADE DA ALMA - DEVOCIONAL DIÁRIO 21\06\2023


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

21\06\2023

TÍTULO

O DEUS ENTRETENIMENTO E A REAL NECESSIDADE DA ALMA

TEXTO

A observação realista dos rumos que a igreja de Cristo tem tomado neste presente século mau levará cristãos sinceros a reconhecer que um gradual movimento de afastamento das verdades bíblicas tem causado um desvio que se acentua conforme vai se alastrando entre o povo de Deus. Não deve assombrar aos fiéis que a profecia do apóstolo Paulo se cumpra diante de nossos olhos “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo coceira nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas” (2 Timóteo 5.3,4). Nisto reconhecemos uma equação que não pode ser desmentida, que quanto mais o povo de Deus se afasta da Bíblia, mais se aproxima de deuses que jamais lhe satisfarão.

Primeiramente, observe como a desobediência a um único mandamento tem o poder de desestruturar a vida dos salvos em Cristo, levando-os a navegar em águas turbulentas. Relembremos o teor do primeiro mandamento dado por Deus a nação de Israel, no qual explicitamente ordena “Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20.3). Há um tríplice significado neste mandamento, começando pelo fato que o povo de Deus não deveria dar ouvidos aos falsos deuses que erram adorados pelas nações ao seu redor. Da mesma forma eles não deveriam em hipótese alguma adorar tais falsos deuses, como faziam as nações e tribos que habitavam na terra de Canaã, para onde o Senhor os encaminhava. A tríplice aplicação se completa diante da exortação que a nação de Israel jamais deveria ser governada pelas influências do paganismo, servindo a falsos deuses que os conduziriam a miséria e destruição.

Observando com cuidado este tempo tenebroso em que vivemos, podemos sinceramente concluir que não somente as pessoas deste mundo, como também muitos entre aqueles que se consideram servos do Senhor tem permitido que um falso deus não somente os instrua quanto a seu viver, como também seja reverenciado e servido por vidas que foram adquiridas pelo precioso sangue do Salvador. A este falso deus chamamos entretenimento, ao qual homens e mulheres têm depositado sua confiança em dias melhores, livres dos dessabores e aborrecimentos desta vida, prometendo-lhes um regozijo singular, mesmo que por poucos dias. A este deus entretenimento muitos tem apelado a fim de lhes livrar da ansiedade pecaminosa que carregam dia após dia, confiantes que alguns dias de liberdade e afrouxamento moral lhes restabelecerão a calma e a tranquilidade a alma. Também ao deus entretenimento tem se voltado aqueles que se mostraram incapazes de resolver seus dilemas familiares e conjugais, julgando que alguns dias longe das obrigações domésticas serão capazes de gerar uma harmonia e união que foram incapazes de encontrar nas escassas horas que dedicaram no último ano a se fazerem presentes à casa de Deus. Porém, há ainda algo pior que isto, visto que muitos filhos de Deus têm confiado no deus entretenimento a fim de aliviar a culpa do pecado que teima em agredir sua frágil consciência. Convencidos que tal mal estar é produzido pelas exigências de sua igreja, de seu pastor ou de algum cristão que tenazmente lhes faz relembrar de suas falhas, resolvem entregar-se completamente aos cuidados do deus entretenimento, a fim de que ele lhes devolva a tranquilidade. Finalmente, o deus entretenimento tem sido evocado por muitos crentes a fim de preencher o vazio espiritual de suas almas, convencendo-os que os preencherá de forma satisfatória após alguns dias de descanso e descaso com a própria vida.

Não me entenda mal, períodos de descanso são necessários, pois cuidar do corpo e da mente é uma necessidade humana. Saiba, porém, que entretenimento algum poderá satisfazer uma alma negligente para com as coisas de Deus. Por isso é bom que demos ouvidos aquilo que realmente tem o poder de nos revigorar “Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão” (Isaías 40.31).

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