O VALOR DA FIRMEZA EM MEIO AS TRIBULAÇÕES - DEVOCIONAL DIÁRIO 20\06\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
20\06\2023
TÍTULO
O VALOR DA FIRMEZA EM MEIO AS
TRIBULAÇÕES
TEXTO
O leitor atento das
Escrituras encontra entre a epístola de Paulo aos Filipenses e sua segunda
epístola a Timóteo uma junção de fatos e sentimentos que possui o poder de
transportar o leitor bíblico aqueles que foram possivelmente os mais intensos
dias vividos por Paulo. Em comum estas epístolas possuem o fato que foram ambas
escritas da prisão, relatando, principalmente no caso da segunda carta a
Timóteo, os últimos dias do apóstolo antes de sua morte. Outro fato comum que
deve nos chamar a atenção é o tom confiante e disposto de Paulo, mesmo diante
do martírio iminente, fato que nos serve de lição quanto a grande utilidade de
nossas tribulações para o progresso do evangelho de Cristo, o que faremos bem
em examinar com atenção.
Primeiramente, perceba que
a atitude de Paulo diante dos perigos e tribulações acabou por contribuir para
o progresso do evangelho, uma vez que o destemor demonstrado pelo apóstolo
serviu como um elemento de encorajamento a cristãos que também sofriam
perseguições, como relatado por ele em sua carta aos filipenses “E muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as
minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor” (Filipenses
1.14). Durante seu período final de aprisionamento Paulo revelou um misto de
ousadia e paciência que acabou por contagiar seus irmãos na fé. Em momento
algum o encontramos a demonstrar autocomiseração diante de sua condição, mas
sim um espirito inabalável mesmo diante do martírio.
Uma segunda questão que
merece ser destacada é que o bom exemplo de Paulo diante das tribulações acabou
também por envergonhar cristãos que vivam de forma contenciosa entre si.
Aprendemos pelos relatos em suas epístolas que o apóstolo Paulo foi
constantemente combatido e menosprezado por irmãos que ele mesmo havia
conquistado para Cristo e que, durante seus períodos de aprisionamento, esses
irmãos buscavam se sobressair diante das igrejas que o apóstolo havia fundado,
fato que o próprio Paulo nos revela em sua carta aos filipenses “Verdade
é que alguns pregam a Cristo por inveja e contenda, mas outros de boa vontade.
Uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando
acrescentar aflição as minhas prisões” (Filipenses 1.15,16)
Finalmente, é preciso que
entendamos que por detrás de toda tribulação enfrentada pelo apóstolo Paulo
estava a poderosa mão de Deus dirigindo e encorajando seu povo. O martírio do
apóstolo Paulo marcou um período de forte endurecimento do Império Romano contra
o cristianismo, de forma que muitos dos leitores primários destas epístolas de
Paulo acabaram também por sofrer o martírio, ou seja, foram mortos por não
negarem sua fé em Jesus Cristo. Sabiamente o Senhor estava, através do exemplo
de Paulo, preparando aquela geração que pagaria com sua própria vida por sua
lealdade ao Salvador e que encontraram fortalecimento nas palavras do apóstolo
dirigida aos filipenses “...antes, com toda confiança, Cristo será,
tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela
morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Filipenses 1.20,21).
Olhando para nossos dias,
não sabemos se em algum tempo o mesmo será também exigido de nós, ou quais
formas de lutas e tribulações teremos de enfrentar até que Cristo venha
resgatar sua igreja. O que aprendemos do exemplo de Paulo é que, independente
da forma de tribulação que enfrentemos, glorifica a nosso Senhor que a
vivenciemos de tal maneira que sirva de encorajamento a todos aqueles que nos rodeiam,
sejam eles salvos em Cristo, sejam eles pessoas que terão em nosso exemplo um
testemunho vivo do valor da fé no Salvador, como exorta Paulo em sua epístola
aos coríntios “Portanto, meus amados irmãos, sede
firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso
trabalho não é vão no Senhor” (1 Coríntios 15.58).
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