QUANDO SE DARÁ O ARREBATAMENTO DA IGREJA DE CRISTO - DEVOCIONAL DIÁRIO 29\06\2023

DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

29\06\2023

TÍTULO

QUANDO SE DARÁ O ARREBATAMENTO DA IGREJA DE CRISTO

TEXTO

O ensino escatológico das Escrituras é fonte de posicionamentos por partes de teólogos e estudantes que por vezes se mostram conflitantes quanto a suas conclusões. Podemos tomar como exemplo a questão que envolve o momento em que a igreja será arrebatada deste mundo, onde encontramos aqueles que defendem que os salvos em Jesus passarão pelos primeiros três anos e meio do período que conhecemos como período tribulacional, sendo então arrebatados exatamente na metade deste período, vivenciando assim os primeiros quarenta e dois meses da manifestação da ira de Deus sobre este mundo. Convém que observemos com atenção esta questão.

Entendamos primeiramente o que conduz algumas pessoas a concluírem que este ensino é biblicamente aceitável. Um dos argumentos mais citados por tais pessoas diz respeito as inúmeras exortações bíblicas quanto a períodos de tribulação que a igreja enfrentaria, o que demonstraria que ela irá ser envolvida no período tribulacional. Este argumento se desfaz ao entendermos que a palavra tribulação pode ser usada de forma geral, referindo-se a qualquer forma de dificuldade enfrentada pelos salvos, como também de forma específica, referindo-se ao período tribulacional. A simples leitura das Escrituras nos fará perceber que as referências a tribulação enfrentada pelos salvos são usadas de forma geral, jamais apontando especificamente para o período tribulacional. Outro argumento dos chamados mesotribulacionistas se refere ao uso das palavras selos e trombetas no livro de Apocalipse, interpretado como sendo uma referência ao desenrolar da história conduzida pelos homens e por Satanás. Contra tal argumento basta que entendamos que os selos e trombetas citados em Apocalipse apontam de forma direta para o derramar da ira de Deus no período específico da tribulação. Também é importante que percebamos que o ensino do mesotribulacionismo é contrário a um dos principais fatos relacionados ao arrebatamento da igreja, sua iminência, ou seja, a verdade que Jesus Cristo pode vir buscar sua igreja a qualquer momento, sem aviso prévio, o que se torna incoerente com o posicionamento mesotribulacional. É salutar que entendamos que a defesa de tais argumentos é baseada principalmente em três questões negligenciadas por seus defensores, a saber: a não observação da distinção entre a nação de Israel e a igreja de Cristo nas Escrituras, a divisão forçada do período tribulacional em duas metades desconexas e a dependência de um método espiritualizado de interpretação das profecias, o que por si só já causaria grande distorção.

Aos salvos em Cristo basta que recordemos o ensino do apóstolo Paulo a igreja, registrado em sua segunda carta aos tessalonicenses, quando ele nos lembra que o período tribulacional somente terá início após o arrebatamento dos salvos, quando então o anticristo será finalmente revelado, como nos diz o apóstolo “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” (2 Tessalonicenses 2.3,4). Ao observarmos o início deste segundo capítulo vemos que já naquele tempo haviam pessoas que procuravam persuadir aos salvos que eles teriam que enfrentar o período tribulacional, fato que levou o apóstolo Paulo a escrever-lhes, trazendo paz e discernimento aqueles corações, ao dizer-lhes “ORA, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto” (2 Tessalonicenses 2.3,4).

Permaneçamos, pois, firmes e “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo” (Tito 2.13)