A GRAÇA DE DEUS REVELADA NA GENEALOGIA DE JESUS - DEVOCIONAL DIÁRIO 10\07\2023


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

10\07\2023

TÍTULO

A GRAÇA DE DEUS REVELADA NA GENEALOGIA DE JESUS

TEXTO

O nascimento de Jesus o Filho de Deus por si só se constitui em um dos mais notáveis fatos ocorridos na história da humanidade. As profecias que cercaram o nascimento do Messias estabeleceram que Ele nasceria de uma virgem e pertenceria a um povo especifico, Israel, a uma tribo especifica dentre este povo, Judá, e a uma família específica, pois o Messias pertenceria a descendência real da casa de Israel. Quão preciosas verdades estão reservadas aqueles que se dedicam a estudar a genealogia de Jesus, razão pela qual o faremos.

A ordem reversa usada pelo evangelista Lucas no permite traçar a genealogia de Jesus a partir de José seu padrasto, de forma que Jesus, mesmo não sendo filho biológico de José, era legalmente reconhecido em sua genealogia, que conduz sua árvore genealógica ao rei Davi e Abraão como revela Mateus “Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão” (Mateus 1.1), o que também é reconhecido pelo apóstolo Paulo em sua epístola aos romanos “Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne” (Romanos 1.3). A genealogia traçada por Lucas conduz a ascendência de Jesus até a criação do primeiro homem, Adão, passando por Sete, filho de Adão, e por Sem filho de Noé, estendendo-se aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó e ao filho deste, Judá, a respeito de quem Jacó profetizou “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés” (Gênesis 49.10). Esta questão é tão bem registrada nas Escrituras a fim de reconhecer o cumprimento das profecias em Jesus e de estabelecer seu direito ao trono da nação de Israel, tanto pela ascendência de seu padrasto como pela ascendência de Maria, sua mãe.

É a partir de Judá que a linhagem de Jesus revela provas específicas da graça de Deus em meio a seu povo, pois em Judá a linhagem do Messias prossegue por meio de um filho ilegítimo, Perez, concebido da nora de Judá, viúva de Selá, seu filho, como relatado no capítulo 38 do livro de Gênesis. De acordo com a lei o filho bastardo era excluído da assembleia do Senhor até a décima geração, como vemos determinado no livro de Deuteronômio “Nenhum bastardo entrará na congregação do Senhor; nem ainda a sua décima geração entrará na congregação do Senhor” (Deuteronômio 23.2). Examinando a genealogia apresentada por Mateus, verificamos que o rei Davi corresponde exatamente a décima geração de Judá, portanto já livre das consequências do pecado deste, como revelado na descrição que encontramos no evangelho de Mateus E Judá gerou, de Tamar, a (1)Perez e a Zerá; e Perez gerou a (2)Esrom; e Esrom gerou a (3)Arão; E Arão gerou a (4)Aminadabe; e Aminadabe gerou a (5)Naassom; e Naassom gerou a (6)Salmom; E Salmom gerou, de Raabe, a (7)Boaz; e Boaz gerou de Rute a (8)Obede; e Obede gerou a (9)Jessé; E Jessé gerou ao rei (10)Davi” (Mateus 1.3 a 6). Dentro destas dez gerações há outras abundantes provas da graça de Deus, como por exemplo Raabe, a meretriz de Jericó, pertence a linhagem do Messias. Raabe casou-se com Salmon e deles veio Boaz, que dá moabita e idólatra Rute teve Obede. Portanto, Raabe a meretriz era tataravó de Davi, Rute a idólatra era bisavó de Davi, de cujo relacionamento com Bateseba gerou ao rei Salomão, todos estes pertencentes a linhagem humana de Jesus Cristo, o filho de Deus.

A vida de muitas destas pessoas citadas na genealogia de Jesus é marcada pela violência, mentira e adultério, o que não deve nos surpreender. Antes de questionar-nos o porquê destes fatos, basta olharmos para nossa própria indignidade. Estes fatos a sim se deram para que seja reforçada a suprema verdade que encontramos em Cristo “mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça” (Romanos 5.20).

 

 

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