A NATUREZA DA LEI DE MOISÉS - DEVOCIONAL DIÁRIO 09/07\2023


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

09/07\2023

TÍTULO

A NATUREZA DA LEI DE MOISÉS

TEXTO

Qual a razão de ser da lei de Moisés? A resposta a esta pergunta depende em muito do propósito de quem deseja a responder. Seitas e falsos mestres tendem a colocar a obediência à lei mosaica como exigência absoluta a salvação. Porém, o que encontramos nas Escrituras não corresponde em nada aquilo que tais pessoas têm propagado, tendo por exemplo o ensino de Paulo aos romanos quando nos diz Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça” (Romanos 5.20). O argumento apresentado por Paulo é de que a função da lei é ressaltar o pecado, a fim de que o ser humano seja convencido de sua condição. O mesmo apóstolo escreve a Timóteo, Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, para os fornicadores, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina” (1 Timóteo 1.9,10). Nestes versos Paulo salienta a razão de ser da lei, limitar a ação pecaminosa do ser humano, sem jamais servir como meio de salvação.

Há duas verdades em relação a lei mosaica que nos ajudarão a compreender sua natureza. Primeiramente, seu ineditismo, pois, antes da outorga da lei não havia uma revelação da vontade de Deus nestes termos. Paulo diz aos romanos que antes da entrega da lei não havia uma lei escrita que determinasse minunciosamente a vontade de Deus para seus mordomos, Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei” (Romanos 5.13). Uma explicação esclarecedora deste argumento de Paulo é a consequência do pecado de Caim, que matou seu irmão. Por não viver debaixo da época de lei ele não foi morto, mas se fosse um israelita a lei era clara, Mas se houver morte, então darás vida por vida” (Êxodo 21.23). Caim não pagou com sua própria vida pelo homicídio de Abel porque não havia uma lei que estabelecesse sua pena. Em segundo lugar devemos citar a exclusividade da lei, uma vez que o concerto da lei de Moisés foi feito exclusivamente com a nação de Israel, e com mais nenhum outro povo. Isto fica claro desde o início da revelação da lei, E subiu Moisés a Deus, e o Senhor o chamou do monte, dizendo: Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel” (Êxodo 19.3). Se o plano de Deus fosse a apresentação da lei a qualquer outra nação além da nação de Israel, não seriam estes os termos que Deus usaria, determinando a exclusividade da outorga da lei aquela nação. Igualmente, não há nenhuma menção na Bíblia que Israel deveria ensinar ou transmitir a lei a qualquer outro povo, pelo contrário, Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha” (Êxodo 19.5). Desta forma, o objetivo de Deus era estabelecer um diferencial entre a nação de Israel e as demais nações, como diz Moisés Pois, que nação há tão grande, que tenha deuses tão chegados como o Senhor nosso Deus, todas as vezes que o invocamos? E que nação há tão grande, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje ponho perante vós? ” (Deuteronômio 4.7,8).

Assim as Escrituras determinam que a lei não foi concedida a fim de ser um instrumento de salvação, mas para ressaltar a condição pecaminosa do ser humano. Assim como ela foi outorgada exclusivamente a nação de Israel e a mais nenhuma outra. Que tais verdades sejam suficientes a fim de que a lei mosaica não seja usada de forma equivocada.

 

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