O CARÁTER DA LEI DE MOISÉS - DEVOCIONAL DIÁRIO 08/07\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
08/07\2023
TÍTULO
O CARÁTER DA LEI DE MOISÉS
TEXTO
O
período de tempo que precede o nascimento do Senhor Jesus Cristo compreende
aproximadamente 1500 anos da história sagrada, indo da entrega da lei a nação acampada
aos pés do monte Sinai a rejeição de Jesus como Messias de Israel.
Possivelmente nenhum outro período da história sagrada do plano de Deus para
este mundo seja tão mal-entendida como a época da lei, fato que requer de nós
profunda atenção.
A
revelação da vontade de Deus aos seus servos na época da lei é detalhada como
em nenhuma outra época, atingindo todos os aspectos da vida deles. Infelizmente
tal fato tem servido de base doutrinária a um grande número de seitas, que se
utilizam de um silogismo para supostamente provar que a aplicação destas regras
se estende além deste período. Tais seitas costumam inquirir de seus alvos: a
lei de Moisés é a palavra de Deus? Ao concordarmos outra questão é apresentada:
“Devemos obedecer a palavra de Deus? ”, ao que novamente respondemos sim e ao
que nos respondem “Então devemos obedecer à lei de Moisés”. Tal engodo cai por
terra ao inquirirmos honesta e biblicamente “A lei de Moisés é a palavra de
Deus dirigida a todos os homens em todos os tempos? ”. O estudo sério das
sagradas Escrituras revelará que não.
No
período anterior à entrega da lei a base do relacionamento de Deus com a nação
de Israel era a promessa feita a Abraão em Gênesis 12. Mas a partir do momento
em que estas ordenanças são entregues ao povo a relação entre os israelitas e
Deus passa a ser regida por este conjunto de regras. Porém convém que
reconheçamos o caráter destes mandamentos, que nos é revelado pelo apóstolo
Paulo em sua epístola aos gálatas “Logo, para
que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que
viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi posta
pelos anjos na mão de um mediador” (Gálatas
3.19). A expressão “Foi ordenada” revela que o concerto
feito com Abraão não foi anulado, mas que a lei é algo que foi acrescentado a
ele. Já a expressão “até que” demonstra que o período da lei é de caráter transitório,
temporário, que teria fim com a vinda do descendente prometido. Paulo também deixa claro que este descendente prometido é ninguém
menos que o Senhor Jesus Cristo ao dizer “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E
às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só:
E à tua descendência, que é Cristo” (Gálatas
3.16).
Possuindo um propósito temporário, seus
termos tiveram um ponto inicial e um ponto final. Seu ponto inicial se deu aos
pés do monte Sinai, antes mesmo da entrega da lei, o que é registrado no décimo
nono capítulo do livro de Êxodo,
quando a nação de Israel aceita os termos de Deus, “E veio Moisés, e chamou os anciãos do povo, e expôs diante deles todas
estas palavras, que o Senhor lhe
tinha ordenado. Então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: Tudo o que o Senhor tem falado, faremos. E
relatou Moisés ao Senhor as
palavras do povo”. Seu ponto final é revelado tanto no Velho como no Novo Testamento, na forma como o
evangelista Lucas nos ensina “A lei e os profetas duraram até João; desde então
é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele” (Lucas 16.16).
Desta forma nos é revelado pela Bíblia que a vigência
da lei de Moisés foi estabelecida antes mesmo de sua promulgação, sendo
determinado por Deus sua imposição a um povo específico e durante um período
específico, o que invalida por si só as tentativas humanas de a estabelecer
fora de seus limites.
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