O VERBO CRIADOR E SUSTENTADOR - DEVOCIONAL DIÁRIO 01\07\2023

DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

01\07\2023

TÍTULO

O VERBO CRIADOR E SUSTENTADOR

TEXTO

No início de seu evangelho o apóstolo João nos apresenta verdades preciosas e imutáveis a respeito da pessoa de Jesus Cristo, revelando-nos sua eternidade e divindade, assim como sua eterna comunhão com o Pai, o que nos conduz a uma séria reflexão. Quando alguém rejeita o ensino bíblico a respeito da pessoa e obra de Jesus Cristo, não está simplesmente rejeitando crer que Ele realizou obras como nenhum outro homem o fez, como abrir os olhos a um cego de nascença ou ressuscitar um homem morto a quatro dias. O que tal pessoa realmente rejeita é a verdade a respeito da eternidade e divindade de Jesus Cristo, o que a impedirá eternamente de conhecer este tão grande Salvador. Tal verdade é ressaltada pelo apóstolo no segundo verso de seu evangelho ao dizer “Ele estava no princípio com Deus” (João 1.2). João não está aqui simplesmente repetindo o que já havia dito, mas desejando enfatizar algo de suma importância a respeito de Jesus Cristo.

Após ternos revelado a relação entre Jesus Cristo e Deus Pai ao dizer “NO princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1.1), agora João revela a relação entre Jesus Cristo e nós seres humanos, ao revelar-nos que “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (João 1.3). João fará isso por meio de duas declarações, uma positiva e uma negativa. Primeiramente ele declara que Jesus Cristo é o criador de todas as coisas ao dizer que “Todas as coisas foram feitas por ele”. A intenção de João é revelar que, todas as coisas, sem uma única exceção, foram criadas por Jesus Cristo, sejam os mundos, a raça dos homens, satanás e os anjos. Tal verdade concorda com o ensino de Paulo aos colossenses quando nos diz “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele” (Colossenses 1.16). O próprio apóstolo João repetiu este ensino no quarto capítulo do livro de Apocalipse, pela voz dos vinte e quatro anciãos que clamavam diante do trono “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas” (Apocalipse 4.11). Também o autor aos hebreus reafirma está verdade, utilizando-se das palavras do salmista no Salmo 102 “Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão, e como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão” (Hebreus 1.10-12). A importância de tal verdade pode ser observada na conclusão de João quanto a forma como Jesus foi recebido neste mundo “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu” (João 1.10). O apóstolo João completa seu argumento utilizando uma declaração negativa ao dizer que “e sem ele nada do que foi feito se fez”. O que João deseja ressaltar é que não há outro como Jesus Cristo, não há outro que possua poder criador, sendo a origem de tudo o que existe.

As pessoas que comtemplaram Jesus andando por esta terra quando de sua encarnação foram incapazes, mesmo diante dos tantos milagres realizados por Ele, de reconhecer que o próprio Criador estava diante deles, rejeitando Aquele a quem deviam a própria existência. As palavras iniciais do evangelho de João visam impedir que caiamos no mesmo erro.