O PREÇO DE NOS DEIXARMOS ILUDIR PELAS COISAS DESTE MUNDO - DEVOCIONAL 12\08\2023


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

12\08\2023

TÍTULO

O PREÇO DE NOS DEIXARMOS ILUDIR PELAS COISAS DESTE MUNDO

TEXTO

O atento leitor das sagradas Escrituras conhece bem a verdadeira epopeia representada pela vida do patriarca Jacó. O fato que passamos a recordar se dá vinte anos após sua ida a Padã-Harã, a fim de tomar uma esposa entre seus familiares, quando então o Senhor lhe ordena Torna-te à terra dos teus pais, e à tua parentela, e eu serei contigo” (Gênesis 31.3). Pensemos, pois, a respeito dos fatos ocorridos nesta viagem de retorno à terra prometida.

Como em todos acontecimentos que envolveram o patriarca Jacó, esta viagem não poderia ocorrer sem que fatos angustiosos se dessem, pois, ao voltar a sua própria terra Jacó se encontraria com seus maiores temores. Ficando onde estava, Jacó tinha de um lado seu sogro, Labão, que após lucrar 14 anos do serviço de Jacó, não permitiria de bom grado despedir seu genro e suas filhas. Voltando à sua terra, ele teria um reencontro com seu irmão Esaú, o que provavelmente desejava evitar a todo custo. Porém, além destas ameaças a sua vida, Jacó contava com uma maravilhosa promessa do Senhor, que lhe prometeu “... e eu serei contigo” (Gênesis 31.3). Ao pensarmos no significado desta promessa do Senhor, podemos entender seu resultado na alma de Jacó, fortalecendo-o em seu temor a respeito de uma possível vingança de Esaú, como também do desgosto de seu sogro Labão ao perder o servo que lhe garantiu tantos dividendos. A presença de Deus faria de Jacó uma benção a sua família e a todos que com ele estivessem, assim como a garantia da segurança de seus bens e que aquela dura viagem seria completada em segurança. Após tantos anos de trabalhos e dificuldades, Jacó tinha diante de si a oportunidade que daria um novo e abençoado rumo a sua vida.

A distância entre Harã e Berseba era de aproximadamente setecentos e oitenta quilômetros, vagarosamente percorridos por Jacó e sua família. Quando Jacó chegou próximo a Siquem, apenas trinta e dois quilômetros o separavam de seu destino, já tendo ele experimentado a benção do anjo no val de Jaboque e o angustiante reencontro com seu irmão Esaú. Porém, mesmo faltando tão pouca distância, a narrativa de Gênesis nos diz “E chegou Jacó salvo a Salém, cidade de Siquém, que está na terra de Canaã, quando vinha de Padã-Arã; e armou a sua tenda diante da cidade. E comprou uma parte do campo em que estendera a sua tenda, da mão dos filhos de Hamor, pai de Siquém, por cem peças de dinheiro” (Gênesis 33.18,19). Siquém era um lugar próspero, e possivelmente esta foi a razão pela qual Jacó decidiu permanecer ali, mesmo tão perto de seu destino final, o que custou a Jacó um preço amargo, pois ali sua jovem filha Diná foi violada por Siquém, filho de Hamor, o que foi vingado por Simeão e Levi, que ludibriaram os moradores desta cidade e depois os mataram e saquearam, o que levou Jacó a temer “Então disse Jacó a Simeão e a Levi: Tendes-me turbado, fazendo-me cheirar mal entre os moradores desta terra, entre os cananeus e perizeus; tendo eu pouco povo em número, eles ajuntar-se-ão, e serei destruído, eu e minha casa” (Gênesis 34.30). Mais uma vez a fraca resolução de Jacó em permanecer dentro da vontade revelada de Deus lhe causava grandes males.

Quão necessário é aos filhos de Deus estabelecerem em seus corações a firme resolução de cumprir a vontade de seu Pai de forma completa, sem se deixarem seduzir pelas tentadoras ofertas deste mundo, que, assim como ocorreu com Jacó, lhes trarão grande dissabor, ilustrando perfeitamente o ensino do apóstolo Paulo aos salvos em Roma, quando nos diz “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12.2).

 

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