O SIGNIFICADO DO INCENSO NAS SAGRADAS ESCRITURAS - DEVOCIONAL 07\08\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
07\08\2023
TÍTULO
O SIGNIFICADO DO INCENSO NAS SAGRADAS
ESCRITURAS
TEXTO
O bom leitor bíblico
encontra em ambos os testamentos referências a substância denominada incenso,
um produto retirado de plantas aromáticas que, quando queimadas, produzem um
odor agradável. Seu uso nos serviços do tabernáculo e depois no templo, assim
como nas visões celestiais do apóstolo João, nos permitem contemplar seu
significado dentro do contexto bíblico, o que, para nossa instrução, faremos
bem em examinar.
O incenso é uma resina
seca e aromática que, posta no fogo, queima por um longo período, emitindo uma
chama constante e muito odorífica. No antigo Oriente Médio o incenso possuía um
elevado valor comercial, sendo encontrado em regiões como a Arábia e a cidade
de Damasco. Seu uso no serviço do Senhor é determinado na lei, como prescrito
por Moisés “E Arão sobre ele queimará o incenso das
especiarias; cada manhã, quando puser em ordem as lâmpadas, o queimará. E, acendendo Arão as lâmpadas à tarde,
o queimará; este será incenso contínuo perante o Senhor pelas vossas gerações” (Êxodo 30.7,8). Este incenso era queimado no
altar de incenso, que ficava situado defronte do véu e simbolizava Cristo como
o único mediador entre Deus e os homens. A Bíblia usa do incenso como uma
figura da oração, como fez o salmista ao nos dizer “Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e as
minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde” (Salmo 141.2). A mesma aplicação é
encontrada nas visões do apóstolo João registradas no livro de Apocalipse,
quando nos revela “E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e
quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e
salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos” (Apocalipse
5.8).
Quando observamos a composição e as restrições ao uso deste incenso
aprendemos algo que deve nos levar a refletir mais profundamente sobre ele. Sua
composição é estabelecida no livro de Êxodo, quando nos diz “Toma especiarias aromáticas, estoraque, e
onicha, e gálbano; estas especiarias aromáticas e o incenso puro, em igual
proporção, e disto farás incenso, um perfume segundo a arte de perfumista,
temperado, puro e santo” (Êxodo.30.34,35). O estoraque era um unguento
extraído de uma árvore; a onicha era uma substância aromática provavelmente
extraída de um molusco; o gálbano era uma resina extraída das raízes de uma
planta perene semelhante a cenoura; finalmente, o incenso, que era uma resina
odorífera extraída de uma árvore nativa encontrada na região da Arábia. Porém,
um último ingrediente nos chama a atenção, o sal, que também deveria ser
adicionado a fórmula como um ingrediente responsável por preserva-lo. Além do
fato que os ingredientes usados serem raros e caríssimos, as duas palavras que
os qualificam devem também ser levadas em conta, pois tudo deveria ser santo e
puro.
Desta forma, é impossível observarmos a composição do incenso usado no
tabernáculo sem o identificarmos com o Senhor Jesus Cristo. A exigência para
que todo ingrediente usado assim como o preparo fossem absolutamente santos e
puros nos levam a contemplar as mesmas qualidades na pessoa de Jesus, como nos
lembra o apóstolo Pedro ao dizer “O qual não cometeu pecado, nem na sua boca
se achou engano” (1 Pedro 2.22). O aroma agradável exalado do incenso sem
dúvida caracteriza a vida de Cristo, plenamente agradável a Deus, assim como o
sal que preservava o incenso aponta para sua eternidade e a fumaça branca que
exalava para sua perfeita pureza, motivo da sua aceitação diante de Deus.
Ao aplicarmos estas verdades a experiência cristã, entendemos que somente
Jesus Cristo é a razão pela qual as orações dos salvos são ouvidas e atendidas
por Deus. Quão maravilhoso é poder orar em nome de Jesus!
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