OS PRIMEIROS DISCÍPULOS DE JESUS - DEVOCIONAL 25\08\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
25\08\2023
TÍTULO
OS PRIMEIROS DISCÍPULOS DE JESUS
TEXTO
Quão
desejável e produtivo é que os atentos e constantes leitores das sagradas
Escrituras se entreguem ao exame de toda Bíblia, diversificando sua leitura
diária com porções diversas da revelação de Deus, concedendo, porém, primazia a
leitura dos evangelhos a fim de que suas mentes sejam alimentadas e fixadas na
pessoa de Jesus. Há detalhes descritos nos evangelhos aos quais muitos leitores
nunca se atentam, desperdiçando assim o precioso alimento que tanto bem faria a
sua alma, como veremos a seguir.
Ao
nos atentarmos para a narrativa empreendida pelo apóstolo João no primeiro
capítulo de seu evangelho, encontramos o Mestre em seus primeiros movimentos a
fim de estabelecer seu ministério, logo após seu batismo. A narrativa de João
revela a forma como foram reunidos os primeiros discípulos de Jesus, iniciando
por André e João, frutos da convicta afirmação de João Batista “E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de
Deus. E os dois discípulos ouviram-no dizer isto, e seguiram a
Jesus” (João 1.36,37). Estas poucas
palavras de João Batista forma suficientes para despertar aqueles dois homens
ao discipulado, uma vez que centralizavam a pessoa de Cristo em sua função e
origem. O texto de João nos permite saber que o número de discípulos de Jesus
imediatamente voltou a crescer, desta vez através da atitude de André, que não
tardou em anunciar a Cristo a seu irmão “Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de
João, e o haviam seguido. Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Achamos o Messias
(que, traduzido, é o Cristo). E levou-o a Jesus” (João 1.40 a
42). É interessante que a marcante história entre Jesus e Pedro tenha iniciado
de forma tão simples, mediante o testemunho de seu próprio irmão, que no diz
anterior havia ido a casa onde Jesus morava e ali ficado na companhia do
Mestre.
A narrativa de João demonstra que este processo de amealhar discípulos
continuou de forma imediata, desta vez pelo comissionamento de Felipe, como
descreve João “No dia seguinte quis Jesus ir à Galileia, e achou a Filipe, e
disse-lhe: Segue-me. E Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro” (João 1.43,44). Não sabemos se a presença de
André e Pedro de alguma forma influenciou a Filipe, uma vez que eram da mesma
cidade, porém devemos reconhecer que, ao avistar pessoas conhecidas
acompanhando Jesus, Filipe foi atraído a também acompanhas aquele que
pessoalmente lhe chamava. A narrativa de João nos permite perceber o impacto
que o chamado de Jesus teve sobre Filipe, a ponto de ele imediatamente
compartilhar este fato com Natanael “Filipe achou
Natanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés
escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José” (João 1.45). João revela que a reação
inicial de Natanael foi de certa incredulidade, o que não impediu Filipe de
convence-lo a acompanha-lo e confirmar com seus próprios olhos esta verdade “Disse-lhe
Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe
Filipe: Vem, e vê” (João 1.46). Note que em momento algum Filipe de
argumentos ou debates em relação a barreira levantada por Natanael, ele
simplesmente o conduz a contemplar Jesus com seus próprios olhos, diante de
quem ele exclama “Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel” (João
1.49).
Os primeiros discípulos de Jesus foram amealhados em meio a vida
cotidiana, pelo simples compartilhar do anúncio de sua presença por meio de
homens simples, porém verdadeiramente impactados por sua pessoa. O que este
fato nos permite perceber é que além de nossa própria disposição, pouco
precisamos se realmente desejamos anunciar a Jesus aqueles que estão ao nosso
redor, sejam eles familiares, amigos ou desconhecidos. Na realidade a única
verdade que nos basta é possuirmos a mesma convicção de João Batista ao
anunciar “Eis aqui o Cordeiro de Deus”.
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