A HUMILDADE DE JESUS CRISTO - Devocional 04/09/2023
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
04/09/2023
TÍTULO
A HUMILDADE DE JESUS CRISTO
TEXTO
A palavra grega tapeinos, traduzida por humildade,
era empregada no período clássico em sentido mal e degradante, indicando uma
condição pobre, baixa classe social, e até mesmo um caráter torpe. Já o
conceito filosófico grego trata da humildade no sentido de modéstia, ausência
de presunção, e considerada como um elemento da sabedoria. Porém, no Novo
Testamento a humildade é vista como uma virtude, que permite aqueles que a
possuem manifestar um espírito e comportamento sem pretensões ou orgulhos,
sendo caracterizado pela modéstia e submissão. Por isso, o Novo Testamento
encerra o significado da palavra humildade em uma pessoa, Jesus Cristo, de
forma que faremos bem em examinar a forma como sua humildade é revelada nas
Escrituras.
Encontramos diversas
manifestações da humildade de Jesus nos relatos do Novo Testamento, como quando
surpreende seus discípulos ao assumir um comportamento absolutamente servil
para com eles, como nos relata João “Levantou-se da ceia,
tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois deitou água
numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a
enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido” (João
13.4,5). Ao descrever o caráter de Jesus, Paulo certamente reflete esta cena,
conduzindo nossos pensamentos a máxima expressão da humildade de Cristo, ao
escrever sobre ele que “... sendo em forma de Deus, não teve
por usurpação ser igual a Deus, mas fez a si mesmo de nenhuma reputação, tomando a forma de servo,
fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até
à morte, e morte de cruz” (Filipenses
2.6 a 8).
A humildade de Jesus
também é demonstrada em sua atitude de jamais buscar sua própria glória “Eu, porém, não busco a minha glória; há
quem a busque, e julgue” (João 8.50). Jesus possuía
o objetivo tão claro de glorificar o Pai que não lhe restava nenhum espaço
disponível para qualquer disposição em buscar honra ou exaltar para si mesmo.
Da mesma forma, sua atitude de evitar a notoriedade e louvor dos homens já era
alvo das profecias de Isaías, como nos diz ao referir-se ao Messias “Não clamará, não se exaltará, nem fará
ouvir a sua voz na praça” (Isaías 42.2). Era comum
Jesus ordenar aos que por Ele
eram beneficiados por curas e libertações que nada propagassem a seu respeito,
como nesta ocasião relatada pelo evangelista Marcos “E curou muitos que se achavam enfermos de
diversas enfermidades, e expulsou muitos demônios, porém não deixava falar os
demônios, porque o conheciam” (Marcos 1.34).
Reconhecemos também a
humildade de Jesus em sua atitude de associar-se a pessoas desprezadas pela
sociedade de seus dias, o que acabou por gerar críticas por parte dos fariseus,
como releva Lucas “E CHEGAVAM-SE a ele todos os publicanos e pecadores para o
ouvir. E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo:
Este recebe pecadores, e come com eles” (Lucas 15.1,2). É interessante
verificar que Jesus não temeu escolher um homem repudiado pela sociedade
judaica para ser um de seus discípulos, como nos é dito “E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na recebedoria
um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o
seguiu. E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram
muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com Jesus e seus
discípulos” (Mateus 9.10). Esta atitude de
Jesus demonstrou que ninguém estava longe
demais para que seu evangelho o alcançasse, nem tão profundamente atolado no
pecado que não pudesse ser resgatado. Finalmente, encontramos a humildade de
Jesus também em sua atitude diante das injustiças praticadas contra ele, como
descreve Pedro “O qual, quando o
injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se
àquele que julga justamente” (1 Pedro 2.23).
Que a mesma humildade
seja vista nos fiéis de Jesus.
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