A SABEDORIA DE NÃO AGRAVAR AS AFLIÇÕES QUE ENFRENTAMOS - DEVOCIONAL 11\09\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
11\09\2023
TÍTULO
A SABEDORIA DE NÃO AGRAVAR AS AFLIÇÕES
QUE ENFRENTAMOS
TEXTO
O
atento leitor das sagradas Escrituras encontra na epístola do apóstolo Paulo
aos filipenses uma preciosa instrução quanto a atitude esperada dos salvos em
meio a suas crises de aflições, como bem o apóstolo revelou no princípio de sua
epístola “E quero, irmãos, que saibais que as coisas que
me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho” (Filipenses 1.12). Em todo o tempo em
que permaneceu aprisionado Paulo demonstrou profunda seriedade a fim de que
suas aflições não servissem de tropeço aos cristãos de seu tempo, servindo
antes de encorajamento e motivação a fim de que a obra de Cristo avançasse. Ao
analisarmos toda a lista de aflições apresentadas pelo apóstolo no capítulo 11
de 2 Coríntios, vemos que após listar todas as desventuras sofridas, Paulo
destaca um item em especial “Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as
igrejas” (2 Coríntios 11.28).
É desta questão que o apóstolo
trata logo no início de sua carta aos filipenses, reconhecendo que, durante seu
período de encarceramento, a igreja em Filipos sofria os males causados por
homens que não compartilhavam da mesma atitude de Paulo, como nos diz “Verdade
é que também alguns pregam a Cristo por inveja e contenda, mas outros de boa
vontade; Uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente,
julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas outros, por amor, sabendo
que fui posto para defesa do evangelho” (Filipenses
1.15 a 17). Haviam pessoas em Filipos que estavam anunciando o evangelho,
durante a ausência de Paulo, de uma forma a se equipararem ao apóstolo. A razão
do ministério daqueles homens era seu desejo de suplantar Paulo em uma disputa
a respeito da pregação do evangelho, a fim de tornar a aflição a que Paulo já
estava sujeito a algo ainda maior penoso e difícil. Certamente uma das formas
deles causarem este fato era ressaltar que enquanto eles estavam livres para
pregar, Paulo estava encarceirado, tratando como justas e merecidas as aflições
de Paulo por causa do evangelho. Paulo reconhece que nem todos ali agiam desta
forma, por isso diz “Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa
do evangelho” (Filipenses 1.17).
A
atitude de Paulo para com aqueles que procuravam lucrar em meio as suas
aflições nos permite perceber como ele impediu que uma situação difícil se
torna-se ainda pior. Sua resposta firme deu fim a qualquer celeuma “Mas
que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a
maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei
ainda” (Filipenses 1.18). Ao agir desta forma Paulo demonstrou que não
encarava a oposição daqueles maus obreiros como uma afronta pessoal, separando
os problemas enfrentados pela igreja das aflições causadas por seu
aprisionamento. A resposta de Paulo foi um balde de água fria sobre os ânimos
acirrados de seus oponentes, causando o enfraquecimento de seus maus intentos.
Ao demonstrar seu regozijo pela pregação do evangelho em Filipos, Paulo
demonstrou qual era sua real prioridade, mantendo Cristo e a pregação do
evangelho como o centro da vida daquelas pessoas. Finalmente, Paulo negou-se a
colocar-se como juiz das intenções daqueles homens, mesmo que a intenção deles
fosse reprovável, não cabia a ele julga-los ou condena-los.
Literalmente,
Paulo nos ensina neste texto a lição de como não deixar que as coisas ruins se
tornem ainda piores. Um dos grandes desafios em meio as aflições que
enfrentamos é não agir de forma a tornar situações que já estão sendo difíceis
de suportar em situações insuportáveis de se suportar. Que aprendamos com o
apóstolo a não irmos além de nossa própria responsabilidade ou autoridade.
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