EM NADA SEREI CONFUNDIDO - DEVOCIONAL 13\09\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
13\09\2023
TÍTULO
EM NADA SEREI CONFUNDIDO
TEXTO
É em meio as aflições que
a mentalidade mundana e a mentalidade cristã demonstram a verdadeira natureza
que as compõem e diferenciam. Enquanto as pessoas que mantem sua esperança e
confiança neste mundo passageiro observam as muitas aflições da vida como algo
inútil e indesejado, somente os salvos em Cristo são capacitados a crer que
mesmo as mais difíceis provações têm seu objetivo e alvo muito bem
estabelecidos e controlados por Deus. Ao observarmos a conduta do apóstolo
Paulo revelada na epístola aos filipenses, encontramos pérolas de grande valor
quanto a forma pela qual os salvos são encorajados em suas aflições, como
quando o apóstolo se dirige a eles dizendo “Segundo a minha intensa expectação e
esperança, de que em nada serei confundido” (Filipenses 1.20). Observemos com atenção as palavras do apóstolo
aos gentios.
A
palavra usada por Paulo para “expectação” é encontrada apenas aqui e em
sua epístola aos romanos, quando diz “Porque a ardente expectação da
criatura espera a manifestação dos filhos de Deus” (Romanos 8.19), se
referindo a expectativa por parte da criação quanto a manifestação de Jesus
Cristo. Esta expressão significa literalmente contemplar com o
pescoço esticado, ou seja,
vigiar ansiosamente à espera de algo que está para acontecer. Note que está
espera se dá de forma “intensa”, ou seja, ardente, como algo muito
desejado pelo apóstolo, que também usa a palavra “esperança”, não na
esperança da vida eterna, mas no sentido da expectativa de que sua vida será
útil ao Senhor. Ao usar a palavra “confundido” Paulo se refere a ser
envergonhado, iludido, o que revela o discernimento de Paulo em relação as
aflições causadas por seu aprisionamento, reconhecidas por ele não como algo
inútil e infrutífero, mas sim como algo permitido pelo Senhor e que resultaria
em bençãos a muitas pessoas. Em momento nenhum encontramos Paulo impaciente
diante do preço a ser pago por ele por pregar o evangelho, mas sim em ardente
expectativa pela forma que Deus usaria suas prisões a fim de exaltar Jesus
Cristo.
Quão
importante é que os salvos aprendam com o grande apóstolo a manifestarem a
mesma expectativa em meio as aflições que enfrentam. Mesmo que Paulo já tivesse
percebido que o fim provável de seu encarceramento seria sua morte, em momento
algum o encontramos a queixar-se ou amargurar-se. Qual era o grande segredo do apóstolo?
O que o capacitava a enfrentar as aflições desta fora? Entenderemos esta
verdade se reconhecermos que em momento algum Paulo nutriu qualquer expectativa
quanto a si mesmo, e que em momento algum ele buscou alguma forma de engrandecimento pessoal, nem reconhecimento por
parte das demais pessoas. É bom que reconheçamos que são as grandes e
enganosas expectativas quanto a nós mesmos que nos trazem as maiores
frustrações e infelicidades, coisas das quais o apóstolo se livrou ao
reconhecer “Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida
por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira” (Atos 20.24), demonstrando que sua
grande expectativa dizia respeito unicamente a glória de Jesus Cristo e não a
sua pessoa.
Se por um lado Paulo se
alicerçava sobre uma perspectiva correta do amor de Deus por ele, que jamais
seria mudado, por outro o apóstolo se firma em uma
perspectiva correta a respeito de si mesmo, impedindo que se sentisse
injustiçado diante das difíceis circunstancias que enfrentava. Paulo entendia
que tudo que havia recebido de Deus fora pela graça e que tudo que sofria não
podia comparar-se aquilo que o bom salvador havia feito por ele.
Somente
o homem que pensa corretamente a respeito de si mesmo é capaz de enfrentar as
circunstâncias da vida regozijando-se em Cristo.
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