O APÓSTOLO JOÃO E SUA LUTA CONTRA O GNOSTICISMO - DEVOCIONAL 29\09\2023


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

29\09\2023

TÍTULO

O APÓSTOLO JOÃO E SUA LUTA CONTRA O GNOSTICISMO

TEXTO

Encontramos na pessoa do apóstolo João a figura mais longeva entre os apóstolos do Senhor, como também aquela que mais enfrentou as muitas heresias que logo se formaram a fim de atacar e destruir o puro evangelho de Cristo. Sua primeira epístola foi escrita a fim de desmascarar a heresia apregoada pelos chamados mestres gnósticos, o que se mostrou imprescindível a fim de preservar a verdade do evangelho, o que faremos bem em entender e aplicar.

Como seu próprio nome apresenta, os gnósticos davam grande valor ao “conhecimento”, que era obtido através das mágicas, cerimônias e do misticismo gnósticos, e esse seria o grande meio da salvação anunciado por eles, superando a fé anunciada pelo evangelho. Os gnósticos apresentavam-se como seres impecáveis, dizendo que seu espírito não era contaminado pelos pecados praticados pelo corpo, o que os tornava libertinos em sua moral. Eles dividiam os homens em três grupos, o primeiro deles chamado de hílicos, que nunca seriam capazes de se desvencilhar da matéria, perecendo junto com ela, não podendo ser remidos; para eles haviam também os psíquicos, como por exemplo os profetas do Velho Testamento, que obteriam alguma forma inferior de redenção; e, finalmente, os pneumáticos, que seriam as almas humanas verdadeiramente espirituais, e obteriam a completa redenção. Para os gnósticos Deus era um ser isolado no mais alto céu, pois não poderia contaminar-se pelo contato com a matéria, que na visão gnóstica era o princípio do pecado. Os gnósticos ensinavam o “deísmo”, ou seja, Deus teria criado todas as coisas, mas não teria contato direto com elas; Ele é intocável e inatingível, posição absolutamente contrária ao cristianismo, que ensina e afirma que Deus não somente criou todas as coisas, mas mantém um contato presente com sua criação, agindo no curso da história humana. Os gnósticos também ensinavam que para ter contato com o ser humano Deus estabeleceria uma longa sucessão de mediadores, até que um deles entrou em contato com a matéria, fazendo mediação entre o espírito e a matéria, havendo no sistema gnóstico muitos deuses, senhores e mediadores. Os falsos mestres gnósticos tinham ensinado que Cristo era um destes espíritos, mediadores angelicais entre Deus e os homens. Ensinavam que Jesus era filho natural de José, e que seu poder se devia a uma descida temporária de um espírito que teria vindo sobre ele na ocasião de seu batismo e o abandonado na crucificação. Devido a isto alguns manuscritos posteriores chegam a dizer “Meu poder, meu poder, porque me abandonaste?”, uma corrupção clara da conhecida declaração de Jesus. Deste modo eles atacavam tanto a verdadeira divindade de Cristo como sua verdadeira humanidade.

O apóstolo João tratou de liquidar de uma vez tais heresias utilizando-se de seu próprio testemunho como discípulos e apóstolo de Jesus Cristo, afirmando tanto a divindade como a humanidade perfeita de Jesus ao dizer O QUE era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida  (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada); O que vimos e ouvimos, isso  vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra” (1 João 1.1 a 4). Em outras palavras, João testemunha que a pessoa de Jesus Cristo é real, manifesta entre os homens por desígnio do próprio Deus a fim de lhes revelar sua vida.

Verdadeiramente Jesus é a razão para que a alegria dos salvos seja completa.

 

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