O MESMO SENTIMENTO QUE HOUVE TAMBÉM EM CRISTO JESUS - DEVOCIONAL 28\09\2023


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

28\09\2023

TÍTULO

O MESMO SENTIMENTO QUE HOUVE TAMBÉM EM CRISTO JESUS

TEXTO

O atento leitor das sagradas Escrituras encontra na epístola de Paulo aos filipenses a forma como o apóstolo tratou do partidarismo que ameaçava aquela igreja, o que deve também estimular aos líderes cristãos quanto a mesma atitude sempre que o bem estar do corpo de Cristo seja ameaçado pela ambição humana. O argumento de Paulo a fim de atacar este problema reside em uma pessoa, Jesus Cristo, e nas implicações de sua vinda a este mundo, como nos é apresentado no segundo capítulo desta epístola De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas fez a si mesmo de nenhuma reputação, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Filipenses 2.5 a 7). Faremos bem em meditar nesta preciosa verdade.

Iniciemos pela verdade revelada na expressão “sendo em forma de Deus”, que aponta para a preexistência de Jesus em uma forma diferente daquela que a maior parte das pessoas de seu tempo conheceu. O corpo humano de Jesus impedia que sua real forma fosse comtemplada da mesma forma que a cobertura de peles do tabernáculo impedia que a glória de Deus que ali residia fosse contemplada pelos olhos humanos, verdade que o Senhor permitiu a três de seus discípulos perceberem quando de sua transfiguração diante deles, como descreve Mateus E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz” (Mateus 17.2). Diante daqueles homens estava o próprio Deus, habitando em figura humana. Paulo acrescenta a seu relato outra verdade preciosa ao dizer que Jesus não teve por usurpação ser igual a Deus”, de forma a demonstrar que em momento algum Jesus usou sua prerrogativa divina a fim de adquirir ou ter poder e domínio, riquezas, prazer ou glória humana. Jesus Cristo não se apegou a sua qualidade de Deus como motivo de glória pessoal, pelo contrário, Paulo nos diz que Jesus fez a si mesmo de nenhuma reputação” traduzido também como “a si mesmo se esvaziou”, revelando que em nenhum sentido Ele deixou de ser Deus, mas sim que Jesus deixou de lado a glória e poderes elevados a fim de realizar a obra da redenção. Cristo pôs de lado seus atributos e poderes divinos para que pudesse compartilhar plenamente a condição humana, como o próprio Paulo revela em sua epístola aos coríntios Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis” (2 Coríntios 8.9).

A expressão seguinte usada pelo apóstolo Paulo nos revela a atitude de Jesus ao chegar a este mundo dizendo que ele tomou “a forma de servo”, ou seja, rebaixou-se do mais elevado posto para o mais baixo nível possível entre os homens, como um escravo sem direitos, servindo de instrumento de serviço e forçado a fazer as coisas mais árduas e degradantes, sem direito a descanso. Ao vir a este mundo Jesus dispôs-se a servir como um instrumento nas mãos de seu Senhor. Ele foi obediente, mostrou-se plenamente dedicado e produziu o que lhe foi determinado. Jesus trabalhou e sofreu, porém, cumpriu sua missão e foi exaltado. Paulo conclui seu argumento nos dizendo que Jesus se fez “semelhante aos homens”, ou, como dito em outras traduções, Ele foi reconhecido em figura humana”, ou seja, tornou-se verdadeiramente um de nós.

Porque Paulo nos chama a demonstrarmos o mesmo sentimento que encontramos em Jesus? Para que jamais venhamos a pensar a respeito de nós mesmos além daquilo que realmente somos.

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