O PRIVILÉGIO DE CRER E PADECER POR CRISTO - DEVOCIONAL 22\09\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
22\09\2023
TÍTULO
O PRIVILÉGIO DE CRER E PADECER POR
CRISTO
TEXTO
O atento leitor das sagradas
Escrituras encontra na epístola aos filipenses um relato profundo e sincero do
apóstolo Paulo quanto as muitas aflições enfrentadas por ele em seu ministério.
Do caminho de Damasco a prisão Mamertina em Roma, onde foi sentenciado, Paulo
enfrentou toda sorte de dores a fim de cumprir a missão lhe outorgada por seu
Salvador “Vai, porque este é para mim um vaso
escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de
Israel. E
eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” (Atos
9.15,16). Paulo padeceu como poucos as aflições do evangelho, de tal forma que
somente poderia ter vindo de sua pena a difícil exortação dirigida não somente
aos filipenses, mas a todos os salvos de todas as épocas da igreja, quando nos
diz “Porque a vós vos foi
concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por
ele” (Filipenses
1.29). Que reflitamos seriamente a respeito desta profunda verdade.
Comecemos pelo fato que deve ser bem entendido pelos salvos, sofrer por
amor e fidelidade a Cristo é um sublime privilégio concedido aos que foram
redimidos pelo seu precioso sangue. A expressão “vos foi concedida” usada por Paulo significa literalmente “dar
livremente”, “dar como um favor”. Esta palavra vem da mesma raiz da palavra
graça, de forma que que tanto a fé como os sofrimentos do salvo são
reconhecidos aqui como privilégios que lhes foi concedido em Cristo e que
pertencem unicamente aos salvos. A estes foi concedido não somente crer, mas
crer nEle e padecer por Ele. Porém não imaginemos que tal padecimento se dará
de forma imposta, como uma decisão unilateral da parte de Deus. Como um
privilégio, tal padecimento pode ser recusado pelo salvo mediante sua postura
amigável para com este mundo, constituindo-se tal fato em um ato de
infidelidade do cristão para com seu Salvador, como bem nos exorta Tiago “qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de
Deus” (Tiago 4.4).
É, porém, igualmente importante
que todo salvo em Cristo perceba que o padecimento por amor e fidelidade a
Cristo constitui-se em uma prova clara de sua correta posição para com Deus,
uma vez que o padecimento mencionado por Paulo tem como causa “a Cristo”, ou seja, devido a ligação e
lealdade do salvo para com seu salvador. Paulo absorveu de forma tão profunda
esta verdade que ao escrever aos colossenses ele diz “Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto
das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja” (Colossenses
1.24). De forma alguma estas palavras de Paulo significam que faltaram a Cristo
padecimentos que agora devem ser enfrentados pelos seus discípulos, mas sim que
o padecimento enfrentado pelos salvos é da mesma natureza do padecimento que
Jesus sofreu devido a oposição deste mundo contra Deus, ou seja, o mundo
derrama sobre a igreja de Cristo o mesmo ódio que derramou contra o unigênito
Filho de Deus.
Reconhecemos que a possibilidade
de sofrer por Cristo naturalmente causa temor aos salvos, porém Paulo procura
mostrar aqui que este temor não é necessário, uma vez que se trata unicamente
da marca de sua eterna união com Cristo. Basta que relembremos as palavras do
próprio Senhor dirigidas a Policarpo, bispo de Esmirna, quando diz “Nada temas das coisas que hás de padecer... Sê fiel até à morte, e
dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2.10). O padecimento é o presente que os
salvos recebem por terem se unido a Cristo.
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