QUANDO O MORRER É GANHO - DEVOCIONAL 19\09\2023
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
19\09\2023
TÍTULO
QUANDO O MORRER É GANHO
TEXTO
O atento leitor das
sagradas Escrituras encontra no vigésimo primeiro verso do primeiro capítulo da
epístola de Paulo aos filipenses um firme posicionamento por parte do apóstolo
quanto a difícil condição que enfrentava enquanto aguardava aprisionado o julgamento
e veredito de sua apelação a César, quando da acusação de seus conterrâneos
judeus. Não podendo prever o resultado destes fatos, Paulo procura tranquilizar
os filipenses, demonstrando-lhes que se encontrava preparado tanto para ser
liberto como para ser sentenciado pelos romanos, quando diz “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Filipenses 1.21). Desta forma
Paulo lhes demonstra sua convicção quanto ao que deve ser a vida do cristão,
como também quanto ao que significa a morte de um redimido pelo sangue de
Jesus. Reflitamos, pois, nesta preciosa verdade.
Comecemos
por reconhecer que o ser humano não deseja ter que pensar a respeito da sua
própria morte, evitando a todo custo ter de refletir sobre ela, sendo a causa
desta aversão apresentada nas Escrituras ao dizer que o ser humano “... com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão” (Hebreus 2.15). Porém a frase dita por Paulo nos
demonstra que deve existir por parte do cristão uma atitude completamente
diferente quanto a morte, pois segundo o apóstolo “o morrer é ganho”, uma
vez que o evangelho concede ao salvo uma perspectiva absolutamente superior
quanto a morte, algo que este mundo jamais provou. É visível que o ser humano
sem Cristo nutri profundo medo da morte, não tendo nenhum prazer em refletir
sobre ela, como também demonstra uma atitude de completa resignação,
contemplando-a como algo inevitável.
Porém,
ao contemplarmos o modo como o apóstolo Paulo encara a real possibilidade de
sua própria morte, encontramos um homem absolutamente sereno diante deste fato,
como se percebe em suas palavras “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar
com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Filipenses
1.23). A palavra partir tem o sentido de levantar a ancora de um navio, ou
mesmo de desmontar uma tenda, figura usada por Paulo ao escrever a respeito da
morte em sua carta aos coríntios “Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre
deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos,
eterna, nos céus” (2
Coríntios 5.1).
É importante que pensemos na
razão pela qual o apóstolo Paulo demonstra uma visão tão tranquila e positiva
quanto a morte, a ponto de dizer que é muito melhor morrer e então finalmente
estar com Cristo. A verdade revelada pelo autor da epístola aos hebreus coloca
diante de nós a realidade que a condição que os salvos encontram após a morte
os faz deixar uma condição dolorosa e transitória e adentrar a uma condição de
gozo permanente, ao dizer-lhes que “... não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a
futura” (Hebreus
13.14). Dentro deste mesmo pensamento encontramos o próprio apóstolo Paulo
exortando os filipenses a reconhecerem que aquilo que aguarda os salvos é muito
superior à vida neste mundo, exortando-os que “... a nossa
cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus
Cristo” (Filipenses 3.20). Finalmente, reconhecemos que a morte de um salvo é um
ganho mediante o fato que, ao deixar este mundo e um corpo que sofre as
consequências do pecado, os salvos descansam de suas dores, aguardando então
serem revestidos de um corpo glorioso e eterno, como Paulo descreve em sua
epístola aos coríntios “Porque convém que isto que é corruptível se revista da
incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E,
quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é
mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está
escrita: Tragada foi a morte na vitória” (1 Coríntios 15.53,54).
Verdadeiramente, morrer em Cristo
é ganho.
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