A OUSADIA DO HOMEM PECADOR E SUA CONSEQUENCIA - DEVOCIONAL 14\10\2023


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

14\10\2023

TÍTULO

A OUSADIA DO HOMEM PECADOR E SUA CONSEQUENCIA

TEXTO

O Salmo 139 é conhecido mesmo por pessoas que não demonstram um real interesse pela leitura da Bíblia devido aos seus versos poéticos e sua magnífica explanação dos atributos de Deus, revelado em sua relação para com o ser humano ao dizer “Senhor, tu me sondaste, e me conheces” (Salmo 139.1). Porém, é reconhecível que poucos são os que se atentam a última porção deste salmo, que parece destoar de seu inicial tom poético ao dizer “Ó Deus, tu matarás decerto o ímpio; apartai-vos, portanto, de mim, homens de sangue. Pois falam malvadamente contra ti; e os teus inimigos tomam o teu nome em vão. Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos” (Salmo 139.19 a 22). Há uma razão para isto e faremos bem em o examinar.

À primeira vista as palavras destes versos parecem ser excessivamente duras e destituídas de amor, porém, devemos reconhecer que aquilo que esses versos descrevem é exatamente o que a Bíblia diz a respeito do fim daqueles que se rebelam contra Deus, desafiando sua santidade. Devemos entender que as palavras do salmista “Ó Deus, tu matarás decerto os ímpios” (verso 19) não significam de modo algum que Deus tem prazer na morte de tais pessoa, como bem nos revela o profeta Ezequiel “Desejaria, de qualquer maneira, a morte do ímpio? Diz o Senhor Deus; não desejo antes que se converta dos seus caminhos, e viva?” (Ezequiel 18:23), ao que também o apóstolo Pedro acrescenta “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns à têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pedro 3.9). Deus não deseja a morte do ímpio, porém sua justiça exige que estes sofram as consequências de suas próprias ações.

O verso 20 deste salmo nos revela uma preciosa verdade a respeito do pecado, demonstrando que seu intuito é não somente rejeitar a pessoa de Deus, mas voltar-se contra Ele “Pois falam malvadamente contra ti; e os teus inimigos tomam o teu nome em vão” (verso 20). O pecado não é simplesmente uma forma de vida contra Deus, é uma forma de vida que fatalmente conduzirá o ser humano a sua própria destruição, razão pela qual Deus não pode permitir que os homens cheguem ao fim de seus intentos. Os versos 21 e 22 do Salmo 139 nos apresentam a oração do salmista diante desta verdade “Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos”. Não devemos repreender o salmista por orar desta forma, uma vez que a Bíblia nos revela que é esta a real condição daqueles que se rebelam contra Deus, como diz Paulo aos romanos Os quais, conhecendo o juízo de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também se agradam dos que as fazem” (Romanos 1.32)

O que a porção final do Salmo 139 deseja nos ensinar é que se os homens insistem em serem inimigos deste Deus tão grandioso, seu destino é mais que certo e merecido, como nos revela o autor da epístola aos hebreus E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar” (Hebreus 4.13).

 

 

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