A QUEM DEVEMOS OUVIR - DEVOCIONAL 05\10\2023


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

05\10\2023

TÍTULO

A QUEM DEVEMOS OUVIR

TEXTO

A história da nação de Israel nos ensina que após a tomada de Jerusalém em 586 a.C. pelos exércitos de Nabucodonozor, os judeus que seriam úteis ao império babilônico forma levados a Babilônia em várias etapas, enquanto aqueles que não seriam úteis ou desempenhavam alguma função permaneceram em meio aos escombros da cidade santa. Algo comum tanto na Babilônia quanto em Jerusalém era a presença de falsos profetas que procuravam convencer o povo judeu de que logo eles retornariam a sua terra, contrariando o que Deus havia determinado, que o cativeiro babilônico se estenderia por setenta anos. O capítulo 29 do livro do profeta Jeremias registra a carta enviada pelo profeta a todos os judeus que se encontravam no cativeiro babilônico. Sua intenção é desfazer o engano criado pelos falsos profetas, de que em breve Judá seria liberto e voltaria a habitar em Jerusalém, fazendo cessar a insubmissão dos judeus a disciplina de Deus, e levando-os a entender que deveriam aceitar as condições e aguardar o livramento do Senhor. Esta carta de Jeremias contém uma preciosa lição também ao povo de Deus hoje a respeito do cuidado quanto a quem os filhos de Deus dão ouvidos em meio a tempos difíceis como os que hoje vivemos.

Primeiramente notemos o tom grave aplicado pelo profeta “Porque assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhos, que sonhais; Porque eles vos profetizam falsamente em meu nome; não os enviei, diz o Senhor(Jeremias 26.8,9). Um dos principais meios usados por estes falsos profetas a fim de serem ouvidos era fazer valer a força de seu número a fim de impressionar seus ouvintes. Enquanto Jeremias militava praticamente sozinho, contando com pouco apoio, os falsos profetas se reuniam em grandes grupos a fim de dar a falsa impressão unanimidade. Outro estratagema destes homens era anunciar a mensagem que a maior parte das pessoas desejava ouvir a fim de angariar sua popularidade. A mensagem propagada pelos falsos profetas aos cativos era de que eles logo seriam libertos do cativeiro, deixariam a Babilônia e voltariam a Judá, contradizendo o que Deus já havia dito, porém era uma mensagem agradável ao ouvido dos cativos. Finalmente, os falsos profetas se apropriavam falsamente do nome de Deus a fim de assim conferir autenticidade a sua falsa mensagem. Assim como a expressão “Assim diz o Senhor” era marca indelével dos verdadeiros profetas de Deus, os falsos profetas usavam desta mesma expressão a fim de garantir a veracidade de suas falsas profecias, como bem denunciou o Senhor por meio de seu verdadeiro profeta “Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, profetizando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. Até quando sucederá isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, e que só profetizam do engano do seu coração? Os quais cuidam fazer com que o meu povo se esqueça do meu nome pelos seus sonhos que cada um conta ao seu próximo, assim como seus pais se esqueceram do meu nome por causa de Baal” (Jeremias 23.25 a 27). Ao fim, o objetivo deles era engrandecer a si mesmos, desviando o povo de confiar no Senhor.

Em meio a tantas vozes que se querem fazer ouvir neste tempo de tantas dificuldades, é dever dos filhos de Deus determinarem em sua mente não dar ouvidos aos tantos falsos clamores levantados neste mundo. Ouça unicamente o Espírito de Deus e sua orientação através da Bíblia.

 

 

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