MALES QUE OS SALVOS CAUSAM CONTRA SI MESMOS: VÃS JUSTIFICATIVAS - DEVOCIONAL 16\10\2023


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

16\10\2023

TÍTULO

MALES QUE OS SALVOS CAUSAM CONTRA SI MESMOS: VÃS JUSTIFICATIVAS

TEXTO

Responsabilizar outros pelos meus próprios pecados é a forma mais antiga praticada pelo ser humano de auto justificação, assim como fizeram Adão e Eva ainda no Éden, quando confrontados pelo Senhor. Os muitos mecanismos desenvolvidos pelo ser humano a fim de afastar a culpa por seu pecado os levam ao extremo de reconhecerem sua falta ao mesmo tempo que negam sua culpa, responsabilizando outros por suas atitudes. O problema deste pecaminoso comportamento é que tais pessoas buscam atuarem como réus e juízes em seus próprios tribunais, o que absolutamente os afasta da confissão e abandono de seus pecados. Quão importante é que sinceramente observemos se não estamos também nós incorrendo neste mesmo erro.

Possivelmente o meio mais comum pelo qual os crentes buscam se livrar da responsabilidade pelo pecado que cometeram seja justificando que suas atitudes foram provocadas pela vontade de outras pessoas, assim como fez o rei Saul diante de Samuel “Então disse Samuel: Que balido, pois, de ovelhas é este aos meus ouvidos, e o mugido de vacas que ouço? E disse Saul: De Amaleque as trouxeram; porque o povo poupou ao melhor das ovelhas, e das vacas, para as oferecer ao Senhor teu Deus; o resto, porém, temos destruído totalmente” (1 Samuel 15.14,15). Saul relativizou sua fragrante desobediência responsabilizando o povo por seu pecado, estabelecendo assim sua culpa, uma vez que obedeceu a voz do povo e não do Senhor. Da mesma forma, ao observarmos a atitude de Adão e Eva no Éden, encontramos a mesma atitude, pois eles também não negaram seu pecado, porém tentaram terceirizar sua responsabilidade, como nos é narrado “E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu: Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi. E Disse o Senhor Deus a mulher: Porque fizeste isso? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. Então disse o Senhor a serpente...” (Gênesis 3.11 a 14)

Uma das formas mais comuns pela qual o ser humano busca não ser responsabilizado por seus pecados é amparar-se nos privilégios espirituais que lhes são concedidos, atitude que o apóstolo Paulo denunciou quanto aos judeus ao dizer-lhes, “Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo” (Romanos 2.1). Neste caso os judeus haviam ouvido a pregação de Paulo e estavam concordando com ele a respeito da condenação dos gentios como pecadores, porém consideravam que a posse da lei, a existência do templo e da cidade de Jerusalém, assim como o sinal da circuncisão, eram razões suficientes para faze-los diferentes dos demais homens e inculpáveis diante dos mesmos pecados, colocando assim pesos diferentes sobre os mesmos pecados cometidos por pessoas diferentes. Encontramos o próprio Senhor Jesus procurando desperta-los a este erro quando lhe apresentaram uma mulher flagrada em adultério, ao que o Senhor lhes respondeu “Aquele que entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” (João 8.7), demonstrando-lhes que a única diferença entre eles e aquela mulher e que seus pecados continuavam encobertos, enquanto o dela fora revelado.

Portanto, tenha cuidado com suas vãs justificativas diante do pecado.

 

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