MAS ERA JUSTO ALEGRARMO-NOS E FOLGARMOS - DEVOCIONAL 09\10\2023


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

09\10\2023

TÍTULO

MAS ERA JUSTO ALEGRARMO-NOS E FOLGARMOS

TEXTO

A parábola do filho pródigo está entre as mais conhecidas porções das sagradas Escrituras. Entre as tantas razões que justifiquem este fato está a forma profunda e inequívoca pela qual a alma humana é cruamente retratada nesta parábola, da mesma forma como o justo caráter de Deus é revelado a nós na pessoa daquele pai. Originalmente está parábola é uma resposta a oposição dos judeus contra Jesus ao acusa-lo de sentar-se a mesa com publicanos e pecadores, sendo a figura metafórica do filho mais velho uma expressão real da alma judia em defesa de seus conceitos de moralidade e merecimento, exemplificado na reação do filho mais velho ao deparar-se com o banquete oferecido pelo pai em celebração ao retorno de seu filho, assim narrado por Lucas E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. mas ele se indignou, e não queria entrar(Lucas 15.25 a 28).

Notemos que o filho mais velho chega do trabalho no campo quando os preparativos para a festa já haviam começado. Ele faz perguntas aos servos sobre o que está acontecendo, imediatamente enfurecendo-se pela forma que seu pai havia recebido seu irmão. Era costume em eventos assim que o filho mais velho circulasse entre os convidados, como anfitrião da festa, certificando-se que tudo estava bem, porém ele se recusa a entrar em casa, não aceitando participar da festa e ainda discutindo publicamente com seu pai. Seus ataques verbais e suas palavras não parecem as que um filho dirigiria ao pai, assim como suas muitas acusações ao irmão e depois ao pai demonstram seu profundo descontentamento com tudo o que está ocorrendo. Ele se vangloria de jamais ter desobedecido as ordens do pai, apesar de ser exatamente isto que fazia naquele momento, acusando seu pai de favoritismo, por este ter honrado o filho rebelde com o bezerro cevado, enquanto ele jamais ganhou um cabrito sequer. Perceba que, a semelhança do tratamento dispensado pelos judeus a Jesus, tudo o que este filho diz se baseia na lei, no mérito e na recompensa, ao invés de ser baseado no amor e na graça, revelando assim que não havia diferença entre ele e seu irmão rebelde, pois ambos se interessavam pela mesma coisa, as riquezas de seu pai.

Este incidente revela que o relacionamento do filho mais velho com o pai também não é bom, porém, assim como o pai restaurou a comunhão com o filho mais moço ele também busca restaurar a comunhão com o filho mais velho. Apesar de não ser chamado de pai, chama o jovem de filho, reagindo com amor e ternura aos ataques de fúria injustamente dirigidos a ele. Seu argumento para com o filho mais velho é sincero e direto Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se” (Lucas 15.32). Através destas palavras o pai simplesmente quer dizer-lhe “Eu apenas quero que você se alegre comigo”, porém, o orgulho legalista daquele filho mais velho o impediu de aceitar este convite.

Vigiemos, a fim de que tal fato não se repita conosco.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sermão O DIA DE AMANHÃ PERTENCE SOMENTE A DEUS (texto na íntegra)