A IMPIEDADE DO HOMEM E A MISERICÓRDIA DE DEUS - DEVOCIONAL 13\11\2023

 

DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

13\11\2023

TÍTULO

UMA PARÁBOLA ANTIGA PARA CRENTES MODERNOS #4

A IMPIEDADE DO HOMEM E A MISERICÓRDIA DE DEUS

SALMO 78.32 a 39

TEXTO

Os atentos leitores das sagradas Escrituras encontram no Salmo 78 um relato tanto deprimente em relação a dureza do coração humano como encorajador ao relatar a infinita misericórdia de Deus para com seus filhos. Asafe descreve as más atitudes dos filhos de Israel, assim como as tristes consequências de seus impensados atos. Mesmo que a impiedade da nação tenha atingido um limite impensável, é maravilhoso perceber como a inesgotável misericórdia do Senhor agiu em prol de seu povo, mesmo que eles não o merecessem.

A despeito de todos os milagres que o Senhor tivesse realizado em meio a seu povo, Israel era costumaz em recair na incredulidade e nos mais impuros pecados. Mesmo que o Senhor os tivesse duramente repreendido, como no caso de seu insaciável desejo por carne, os filhos de Israel parecem nunca ter aprendido a lição, como bem descreve Asafe “Com tudo isto ainda pecaram, e não deram crédito às suas maravilhas” (verso 32). O pecado dos israelitas atraiu contra eles muitas tribulações e tristezas, assim como a morte prematura de toda uma geração, revelação do juízo de Deus, como lemos “Por isso consumiu os seus dias na vaidade e os seus anos na angústia” (verso 33). Os juízos derramados pelo Senhor surtiam um superficial efeito sobre a vida de seu povo, fruto das duras consequências de seus atos, como descreve Asafe “Quando os matava, então o procuravam; e voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. E se lembravam de que Deus era a sua rocha, e o Deus Altíssimo o seu Redentor” (versos 34,35). O que porém ocorria é que as más consequências de seus atos não produziam neles, um real arrependimento, mas sim um sentimento de remorso que não atingia seus corações, a ponto de o salmista descrever sua atitude como enganosa, dizendo que, “Todavia, lisonjeavam-no com a boca, e com a língua lhe mentiam” (verso 36). Mesmo que o Senhor se tenha revelado fiel em todas as suas promessas, o povo de Israel manteve-se sempre arredio e distante da exigência de obediência, mantendo seus maus propósitos e permitindo que seu coração se liga-se em erro, como descreve Asafe ao dizer “Porque o seu coração não era reto para com ele, nem foram fiéis na sua aliança” (verso 36).

Se Deus tivesse destruído completamente a nação de Israel, desprezando-a por causa de seus muitos pecados, ninguém poderia acusar o Senhor de injustiça. O que Asafe nos lembra agora é que, não pelos méritos dos filhos de Israel, mas pelo amor do Senhor é que esta nação continua a existir, como bem nos é dito “Ele, porém, que é misericordioso, perdoou a sua iniquidade; e não os destruiu, antes muitas vezes desviou deles o seu furor, e não despertou toda a sua ira” (verso 38). Ao olhar para a nação de Israel, Deus levou em conta a fragilidade e imaturidade de seu povo “Porque se lembrou de que eram de carne, vento que passa e não volta” (verso 39).

Que tal verdade encontre em nós corações humildes e sensatos, reconhecendo que a razão de nossa existência se encontra unicamente em nosso Deus, pois “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” (Lamentações 3.22)

 

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