A FILOSOFIA DE DEUS - Devocional 12/12/2023

 

DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

12\12\2023

TÍTULO

A FILOSOFIA DE DEUS

TEXTO

O significado da palavra Filosofia é o amor ao conhecimento, o estudo dos problemas da vida, das razões porque as coisas são como são. Segundo o entendimento humano o filósofo busca o conhecimento dentro de si mesmo, porém nós, filhos de Deus, buscamos o conhecimento de Deus reconhecendo-os como mais elevados que os nossos. Quando nos referimos a Filosofia de Deus buscamos a causa primária que leva Deus a agir como age. O capítulo 15 do evangelho de Lucas nos fornece uma ilustração preciosa quanto a este entendimento. A indagação lançada contra Jesus lança o pano de fundo deste capítulo E chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles”. Tanto as parábolas da ovelha perdida como da dracma perdida são ilustrações da forma de agir de Deus. Como pode Jesus receber pecadores? Ele os recebe com a mesma alegria que o pastor de ovelhas encontra sua ovelha desgarrada e que a dona de casa encontra sua moeda perdida. A mesma alegria que o pai teve ao receber de volta seu filho perdido. Estas parábolas são uma grande demonstração da divindade de Cristo porque demonstra sua atitude para com os pecadores, atitude que só Deus pode demonstrar.

Olhando especificamente para a parábola do filho pródigo, percebemos a razão dos judeus reprovarem as atitudes de Jesus, eles seguiam sua própria filosofia, enquanto rejeitavam os princípios que norteiam as ações de Deus. Causou escândalo aos judeus a atitude do filho mais novo com seu pai, seu desprezo para com ele, punido com morte pela lei de Moisés. Não há na literatura oriental nenhuma referência a um filho que tivesse atitude semelhante a este, tamanha a gravidade do fato. Também lhes causou escândalo a aparente falta de atitude do pai para com seu filho rebelde assim como a maneira incondicional que o pai recebe seu filho rebelde após seu arrependimento. Na mentalidade daqueles homens, ao saber do retorno de seu filho rebelde o pai se assentaria em frente a sua casa até que o filho, debaixo do olhar de reprovação de todos ao seu redor, se lançaria de joelhos diante do pai confessando seus pecados. Porém nada disto aconteceu, foi o amoroso pai que foi em direção ao filho, amando-o de uma forma inconcebível na mentalidade judaica.  

Porém não lhes causou escândalo a reação desrespeitosa do filho mais velho ao saber da atitude do pai, para eles essa atitude era justificada. Ao retornar do campo e perceber o que estava acontecendo, ele se recusa a entrar em casa. Mesmo em desagrado com a atitude do pai, ele poderia ter esperado o fim da festa para tratar de seu descontentamento de forma privada. Sua atitude de confrontar o pai em público é tão desrespeitosa quanto a afronta praticada pelo filho pródigo, porém aos olhos dos judaizantes sedentos pela condenação de Jesus, aquilo era plenamente justificável. Mal sabiam eles o quão longe estavam de reconhecer a razão das ações de Deus.

Voltemos ao início: Porque Jesus recebia publicanos e pecadores? Porque aos olhos de Deus não há pessoas melhores ou piores, mas unicamente pecadores necessitados de sua graça. Não há ninguém melhor que os outros, nem alguém que tenha sido capaz de acumular méritos ao ponto de exigir de Deus um tratamento diferenciado. Na próxima vez que julgar os pecados de alguém, lembre-se disto.Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se”.

 

 

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