UMA ADVERTÊNCIA EM RELAÇÃO A BEBEDICE

DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

27\12\2023

TÍTULO

UMA ADVERTÊNCIA EM RELAÇÃO A BEBEDICE

TEXTO

O pecado da bebedice, ou seja, da embriaguez causada pela incontinência no uso daquilo que é referido no Velho Testamento como bebida forte, é denunciado fortemente nas Escrituras como um ato pecaminoso e de grande dano não somente aquele que se entrega a seu controle, como também as suas famílias. Certamente o alcoolismo é um dos problemas mais graves encontrados na sociedade humana, como um fenômeno mundial que alcança pessoas de todas as classes sociais. O termo alcoólatra designa aqueles que se tornam dependentes física e psicologicamente dessa substância, manifestando perturbações mentais e de personalidade danosas, além da deterioração física e, por fim, a incapacidade de viver em sociedade. É bom que observemos a primeira menção contida nas sagradas Escrituras a respeito de um homem embriagado e as consequências relutantes de seu ato, de forma que isto seja suficiente para nos conscientizar de nossa responsabilidade.

O nono capítulo do livro do Gênesis narra os acontecimentos ocorridos com Noé e sua família após o dilúvio, informando-nos a ocupação a que Noé se dedicou a partir dali “E começou Noé a ser lavrador da terra, e plantou uma vinha” (Gênesis 9.20). Há ramos da teologia que concluem que o fenômeno químico da fermentação é fruto das novas condições atmosféricas resultantes do dilúvio, e que este seria desconhecido de Noé até aquele momento. Independente desta questão, a narrativa bíblia nos revela que Noé “...bebeu do vinho, e embebedou-se” (Gênesis 9.21), e que, por consequência disso “descobriu-se no meio de sua tenda”, ou seja, o teor alcoólico presente naquele vinho alterou seu estado mental a ponto de sua nudez não lhe constranger. Este fato não passou despercebido pelo restante da família, como nos é possível saber “E viu Cão, o pai de Canaã, a nudez do seu pai, e fê-lo saber a ambos seus irmãos no lado de fora” (Gênesis 9.22). As consequências da atitude de Noé atingiram agora seus filhos, uma vez que Cão passou a caçoar da condição ébria de seu pai, humilhando-o moralmente. Mesmo que os outros dois filhos de Noé tenham procurado amenizar as consequências, o fato é que a momentânea e artificial alegria gerada pelo vinho acabou por tornar-se um ato familiar vergonhoso para toda aquela família.

O relato ocorrido com Noé serve-nos de importante admoestação quanto presença de bebidas alcoólicas no lar cristão. Primeiro, jamais nos enganemos considerando que algum de nós encontra-se imune a este mal. O caso de Noé nos mostra que até o mais justo entre os homens encontra-se à mercê deste perigoso inimigo. Também não nos enganemos ao pensar que pequenas doses de bebidas alcoólicas não representam um perigo ao nosso lar. É na presença e acesso a bebida alcoólica e não na pequena dose utilizada que reside o potencial mal que podemos causar a nossa família. Ao permitir que bebidas alcoólicas entrem em nosso lar estamos abrindo as portas da justificativa que nossos filhos poderão usar no futuro para cometerem o mesmo e perigoso engano. Finalmente, atente para as consequências da embriaguez de Noé. Nosso Deus não levou em conta que aquela era a única família que restara do dilúvio, a fim de poupa-los das consequências da embriaguez de seu patriarca. Deus é imparcial quanto a punição contra o pecado, seja você quem for.

Que a exortação do apóstolo Paulo nos sirva de alerta e incentivo quanto a esta questão “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Coríntios 6.19,20).

 


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